Sexta-feira, 01 de novembro de 2024
Por Leandro Mazzini | 19 de dezembro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os deputados federais gastaram estupendos meio bilhão de reais – ou, precisamente, R$ 549.286.137,90 com a verba de gabinete, de janeiro a outubro, levantou a Coluna com informações da Casa. Para novembro e dezembro ainda há R$ 102.452.605,34 disponíveis. Junho registrou os maiores custos, com R$ 55.180.666,18. Em contrapartida, em abril usaram menos recursos (R$ 54.583.335,72). Apenas com verba indenizatória para atividades, os deputados movimentaram R$ 170.418.214,85. E gostam de aparecer nas mídias dos redutos eleitorais. A maior despesa foi com publicidade e divulgação dos mandatos: nada menos que R$ 38.099.432,12 (22,36% do orçamento). Outros R$ 30.532.278,36 (17,92%) foram destinados às passagens aéreas; R$ 24.813.819,81 (14,56%) para aluguel de veículos; R$ 22.314.924,51 (13,09%) para manutenção de escritório; R$ 18.342.711,00 (10,76%) para consultoria e pesquisas. Cada deputado tem o salário bruto de R$ 33.763,00 e mais R$ 111.675,59, por mês, para custear até 25 funcionários.
Linha dura
Homem forte de Michel Temer dentro do MDB, o ex-ministro Carlos Marun defende internamente que sejam levados ao Conselho de Ética do partido filiados e parlamentares que apoiam os bolsonaristas a favor da intervenção militar. “Defender intervenção militar é passar dos limites. O partido nasceu da luta contra uma intervenção destas”, argumenta.
Seguros.. seguros
O mercado de seguros está mais.. seguro quanto ao cenário sócio-econômico vindouro, e prevê forte crescimento. Quem aposta é o presidente da Confederação das Seguradoras, Dyogo Oliveira. O ex-presidente do BNDES indica que em 2023 haverá recuperação do investimento, “no crescimento da economia mais estável do que tivemos nos últimos 10 anos”. “Apesar das turbulências, o setor vem crescendo um pouco acima do PIB, a nível sustentável de 2,5% ou 3% ao ano, e isso será muito favorável se vier acompanhado de maior redistribuição de renda”.
Novato com PT
O Governo de Jair Bolsonaro nem acabou, mas o presidente do Inmet, Miguel Novato, já está ativo em busca de um cargo de influência junto ao PT. Novato foi nomeado para o GT da agricultura, com foco em influenciar as questões ligadas aos biocombustíveis, já que é um dos autores do programa RenovaBio e tem forte ligação com o setor de etanol. O atual presidente do Inmet quer avançar na pauta de interesse dos usineiros, mas tem um entrave: Jean Paul Prates, coordenador do GT de Minas e Energia. A despeito da conclusão dos trabalhos no CCBB, os dois podem se estranhar em breve na Esplanada.
PSC & Podemos
O desespero diante do fim dos fundos eleitoral e partidário, com o resultado pífio das eleições, acelerou tratativas de fusões de partidos. O PSC e o Podemos entraram nessa fila para apresentar a minuta ao TSE. Dirigentes finalizam estatuto de nova legenda. O número de urna será o 20.
Cimeira grande
O PDT está incomodado com o espaço que o PSB terá no Governo de Lula. Ele avisou a Carlos Lupi, chefão do PDT, que a legenda terá uma pasta – fatura do silêncio de Ciro Gomes no 2º turno. Já os socialistas sonham com três ministérios. Para o PSB, Flávio Dino na Justiça é da cota de Lula. Faltam Márcio França e Paulo Câmara na lista.
Colaboraram Walmor Parente, Carolina Freitas, Sara Moreira e Izânio Façanha (charge)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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