Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 18 de dezembro de 2022
O técnico francês, Didier Deschamps, disse após a final da Copa que a Argentina conquistou a competição com todos os méritos. Ele destacou a ofensividade do time, sobretudo no primeiro tempo, quando a equipe de Lionel Messi chegou a abrir 2 a 0 no placar. Deschamps, porém, lamentou a perda do título nos pênaltis, a qual definiu como “um pouco cruel”.
Na decisão deste domingo no estádio Lusail, a França foi amplamente dominada no primeiro tempo, e só conseguiu reagir na reta final. “Foi uma partida complicada, com um rival de muita qualidade, muita energia e agressividade”, considerou o técnico da França. “Não tiramos seus méritos, mas nós vivemos muitas emoções.”
Segundo ele, as saídas do vice-artilheiro da equipe, Giroud, ainda no primeiro tempo, e de seu principal armador na Copa do Mundo, Griezmann, ocorreu por opção dele. “Sim, foram motivos táticos. Queríamos mudar a situação do jogo, dar ar fresco ao time. Não quero culpar Olivier ou Griezmann. Tínhamos de mudar a questão de marcação e eu não queria esperar o intervalo”, explicou o técnico.
“Perdemos alguns jogadores importantes, mas melhoramos com algumas entradas. Fizemos de tudo para ter o direito de sonhar. Infelizmente, não conseguimos”, afirmou Deschamps. “É um pouco cruel no fim. Estávamos perto do troféu.”
Problemas
O treinador não quis dar grande importância aos problemas que a equipe francesa enfrentou ao longo da semana, com alguns jogadores ficando afastados dos treinos devido a sintomas gripais. Ele também foi indagado sobre a atuação da arbitragem na decisão – o pênalti marcado sobre Di María no primeiro tempo gerou polêmica.
“Prefiro não responder a essa pergunta, preciso ser muito cauteloso quanto a isso. Não sei se as decisões foram melhores ou piores. Há decisões que poderiam ser questionadas como em qualquer partida”, disse. “A Argentina tem todo o mérito pelo título que conquistou.”
Sobre o futuro da equipe, Didier Deschamps apontou que a França tem enorme potencial para os próximos anos. “A seleção francesa sempre conta com uma reserva considerável de jogadores, incluindo jogadores que não têm muita experiência. Temos outros atletas que poderiam estar aqui, temos jogadores mais experientes para ajudar os mais jovens. Está claro que teremos ainda muita qualidade e bons jogadores”, considerou. “Mas é claro também que se precisa montar um grupo. Só qualidade não é suficiente, também é preciso a mentalidade.”