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Rio Grande do Sul Produção industrial não cresce há três meses e provoca impacto no emprego no Rio Grande do Sul

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Sondagem aponta queda nas expectativas para os próximos seis meses

Foto: Divulgação
Sondagem aponta queda nas expectativas para os próximos seis meses. (Foto: Divulgação)

Com estabilidade na produção, a atividade industrial gaúcha desacelera e traz como consequência a queda do emprego, revela a Sondagem Industrial RS de novembro, divulgada nesta quinta-feira (22) pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul).

O resultado da pesquisa confirma a mudança no cenário iniciada em outubro, e repercute nas expectativas. “A transição entre governos com políticas econômicas distintas traz algumas incertezas e provoca cautela entre os empresários industriais”, diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

O índice de evolução da produção ficou em 50,1 pontos, em novembro, praticamente na marca de 50 que representa estabilidade em relação a outubro. A produção não sobe desde agosto, quando completou uma sequência de quatro meses de crescimento.

Já o emprego, com índice de 48 pontos, caiu pelo segundo mês consecutivo, depois de haver crescido ininterruptamente entre julho de 2020 e setembro de 2022. Os dois índices variam de zero a cem, e os resultados acima de 50 indicam crescimento e, abaixo, queda na comparação com o mês anterior.

Com 71% em novembro, a UCI (utilização da capacidade instalada) também ficou estável em relação a outubro, mas 1,2 ponto percentual abaixo da média histórica do mês. Apesar da estabilidade, o índice de UCI em relação a usual caiu de 46,3 para 45,9 pontos no período. Significa que os empresários gaúchos consideraram a UCI de novembro mais distante da usual para o mês do que a de outubro.

Os níveis de estoques de produtos finais permaneceram estáveis, em novembro – índice de evolução em 49,6 pontos –, na comparação com outubro. Já o índice em relação ao planejado caiu de 55,2, em outubro, o maior acúmulo no ano, para 52,7 pontos, em novembro. O nível efetivo continua acima, mas a diferença para o planejado pelas empresas diminuiu no período. Neste caso, valores acima de 50 indicam excesso de estoques.

Investimentos 

Com relação às expectativas, os índices da pesquisa realizada entre 1º e 12 de dezembro com 187 empresas, sendo 44 pequenas, 64 médias e 79 grandes, continuam abaixo dos 50 pontos e em patamares similares a novembro. Para os próximos seis meses, os industriais mantêm perspectivas de redução da demanda (48,6 pontos), das compras de matérias-primas (48), do emprego (48,1) e das exportações (48,7).

Apesar disso, os empresários se mostram mais dispostos a investir em dezembro na comparação com novembro. O índice de intenção sofreu um ajuste e subiu para 52 pontos. Foi 49,4, em novembro, quando registrou a maior queda desde abril de 2020 e atingiu o menor patamar desde julho do mesmo ano.

O índice de dezembro ficou acima de média histórica de 51,2. No último mês do ano, 55,4% das empresas gaúchas mostram disposição para investir nos próximos seis meses, ante 44,6% que indicam o contrário.

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