Sábado, 26 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 23 de dezembro de 2022
O thriller “Psicose”, de Alfred Hitchcock, lançado em 1960, foi eleito o melhor filme de todos os tempos pela Variety, revista americana referência em cinema publicada há 117 anos. Segundo os jurados do top 100, “dificilmente há um frame da obra-prima de terror cataclísmico Hitchcock que não seja icônico”. No Brasil, “Psicose” pode ser visto nas plataformas de streaming Star+ e Telecine.
“Saudá-lo como o melhor filme de Hitchcock – muito menos o melhor filme já feito – não pareceria muito respeitável. No entanto, há uma razão para que cada momento em ‘Psicose’ seja icônico, e que Anthony Perkins e Janet Leigh, como Norman Bates e Marion Crane, tenham se fixado em nossa imaginação como figuras de um sonho”, escreveram os críticos.
Em segundo lugar da lista, aparece “O mágico de Oz”, clássico de 1939, hoje no catálogo da HBO Max. “Esse simples dispositivo de mudar de preto e branco para colorido quando a Dorothy da (atriz) Judy Garland entra na Terra de Oz prepara o público para a experiência mágica que está por vir, criando o modelo para as franquias ‘Avatar’, ‘Star Wars’ e ‘Senhor dos Anéis’”, explica a revista sobre a mudança de paradigma criada pelo longa de Victor Fleming.
O primeiro filme da trilogia de “O poderoso chefão” (disponível na HBO Max, Netflix, Prime Video e Telecine), de Francis Ford Coppola, lançado em 1972, foi considerado o terceiro melhor de todos os tempos. “Marlon Brando, Al Pacino e o resto do elenco singular encarnam seus papéis como se tivessem nascido para interpretá-los”, elogia a Variety.
O único brasileiro na lista — predominantemente norte-americana — foi “Pixote” (1980), em 80º lugar. Segundo a publicação, o filme de Hector Babenco testou os limites da censura da ditadura militar ao contar a história do garoto em situação de rua que dá nome ao filme. “Muito do poder de ‘Pixote’ depende da expressão dura do jovem Fernando Ramos da Silva, que, em uma cruel reviravolta do destino, foi morto pela polícia aos 19 anos.” O filme está no catálogo do Globoplay.
“Moonlight”, de 2016, foi o primeiro longa deste século a aparecer no ranking, na 42ª posição. Dirigido ´por Barry Jenkins, ele ganhou três Oscars, incluindo melhor filme e pode ser assistido hoje na HBO Max.
Belga no top britânico
No início do mês, a revista de cinema Sight & Sound, editada pelo British Film Institute, também divulgou sua lista de melhores de todos os tempos, e o primeiro lugar ficou com “Jeanne Dielman, 23, quai du Commerce, 1080 Bruxelles” (mais conhecido como apenas “Jeanne Dielman”). O ranking é atualizado a cada dez anos.
O filme foi dirigido pela belga Chantal Akerman (1950-2015) quando ela tinha apenas 25 anos. Chantal se tornaria uma das mais importantes cineastas francófonas pós-nouvelle vague, influenciando diretores como Gus Van Sant. Na lista da Variety, “Jeanne Dielman” aparece 78º lugar.
Confira o top 10 da Variety:
– Psicose (1960);
– O mágico de Oz (1939);
– O poderoso chefão (1972);
– Cidadão Kane (1941);
– Pulp Fiction (1994);
– Os Sete Samurais (1954);
– 2001: Uma odisseia no espaço (1968);
– A Felicidade Não se Compra (1946);
– A malvada (1950);
– O resgate do soldado Ryan (1998).
As informações são do jornal O Globo.