Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de dezembro de 2022
Um arsenal foi apreendido com o suspeito de tentar explodir o caminhão
Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoO futuro ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino, chamou de “terrorismo”, neste domingo (25), a tentativa de explodir um caminhão-tanque investigada pela polícia de Brasília.
O caso aconteceu no sábado (24). O caminhão estava próximo ao aeroporto da capital federal quando o motorista denunciou à polícia a presença de um artefato explosivo no veículo, que depois foi detonado.
Na noite de sábado (24), um suspeito de montar o artefato foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal. De acordo com a polícia, trata-se de um empresário de 54 anos do Pará, que viajou a Brasília para participar das manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ainda segundo a polícia, ele confessou que tinha a intenção de explodir o artefato no aeroporto. A prisão do homem foi convertida em preventiva neste domingo. Ele foi autuado em flagrante por terrorismo.
“Os graves acontecimentos de ontem [sábado] em Brasília comprovam que os tais acampamentos ‘patriotas’ viraram incubadoras de terroristas. Medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas, com a velocidade possível. O armamentismo gera outras degenerações. Superá-lo é uma prioridade”, disse Dino.
“Reitero o reconhecimento à Polícia Civil do DF, que agiu com eficiência. Mas, ao mesmo tempo, lembro que há autoridades federais constituídas que também devem agir, à vista de crimes políticos. As investigações sobre o inaceitável terrorismo prosseguem. O delegado Andrei, futuro direto-geral da PF, tem feito o acompanhamento, em nome da equipe de transição. Não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores”, completou o futuro ministro.
Arsenal
O suspeito de planejar explodir o caminhão-tanque foi localizado e preso em um apartamento. No local, a polícia encontrou um arsenal com pelo menos duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados. Também foram apreendidas outras cinco emulsões explosivas.
De acordo com a polícia, depois de montar o artefato, o suspeito entregou o objeto para outra pessoa – já identificada pelos investigadores –, que ficou responsável por levar o dispositivo até a região do aeroporto de Brasília.
Segundo a investigação, a ideia inicial dos criminosos era que o explosivo fosse depositado próximo a um poste, para prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital. Mas, de última hora, a decisão acabou sendo por colocar o objeto em uma caixa apoiada no caminhão-tanque, que estava carregado de querosene de aviação.