Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de janeiro de 2023
Um agente da inteligência da Dinamarca afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidiu invadir a Ucrânia após efeitos colaterais do tratamento contra o câncer. Segundo o analista, alguns remédios podem causar “desilusões de grandiosidade” e tornar pacientes megalomaníacos.
Como base para as afirmações, o agente dinamarquês explicou que hormônios são utilizados para tratar este tipo de efeito colateral. Normalmente estas drogas deixam o rosto inchado, assim como Putin estava no início de 2022.
“Não posso dizer com certeza, mas acho que isto afetou as decisões [de Putin] quando ele lançou a guerra na Ucrânia”, contou o agente Joakim, como foi identificado pelo veículo britânico Daily Mail. “Desilusões de grandiosidade são alguns dos efeitos colaterais conhecidos neste tipo de tratamento hormonal no qual ele estava submetido”.
O câncer, por um lado, sequer foi confirmado pelas autoridades russas, que se limitam a dizer que as questões de saúde do presidente do país são tratadas com confidencialidade.
Nos primeiros meses de 2022, enquanto ainda recebia líderes internacionais em Moscou, Putin foi fotografado em grandiosas mesas, mesmo que os encontros fossem reservados apenas a ele e mais um presidente. Antes alvo de chacota, o móvel se tornou uma prova para o Ocidente sobre a saúde fragilizada do mandatário.
Ainda assim, o presidente da Rússia não parece estar ameaçado no cargo. Embora parte da elite do país não apoie a operação militar especial na Ucrânia, Putin parece longe de deixar o cargo.
“Nossa impressão é que parte da elite russa percebeu que eles estão indo no caminho errado”, explica Joakim, que complementa: “Nós não vemos ninguém prestes a depor Putin”.
Efeito de remédios ou não, a guerra na Ucrânia completará um ano em fevereiro. O conflito resultou em milhares de soldados mortos em ambos os lados, além de milhões de refugiados que deixaram cidades como Kiev para procurar abrigo em países da região.
Vantagens fiscais a militares
O Kremlin informou que soldados e oficiais russos presentes em territórios ucranianos anexados não terão a obrigação de declarar renda ao tesouro, o que multiplica os incentivos para quem for lutar na Ucrânia.
“Isso afetará aqueles que trabalham nos [quatro] territórios” anexados em setembro, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, a repórteres, referindo-se às regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia, na Ucrânia, onde acontecem as principais batalhas.
O governo russo já havia publicado um decreto do presidente Vladimir Putin sobre “as especificidades” das regras da luta anticorrupção “para alguns cidadãos que participam da operação militar especial” na Ucrânia.
De acordo com esse texto, os militares, policiais e membros dos serviços de segurança, além de outros funcionários, não terão “obrigação de prestar informações sobre seus rendimentos, despesas e bens”.
Poderão usufruir da medida tanto os que estão atualmente na Ucrânia quanto os que estiveram presentes nos meses anteriores, após o início da ofensiva militar russa em 24 de fevereiro.
“Seus parceiros e filhos menores de idade” também se beneficiarão dessa vantagem fiscal.
A medida se soma aos inúmeros incentivos dados pelo governo russo aos cidadãos para que lutem na Ucrânia, como a promessa de bônus, facilidades bancárias e ajuda financeira significativa às famílias no caso de um soldado morrer ou ser ferido em combate.
O Kremlin também anunciou que soldados e oficiais poderão receber “recompensas e doações” se forem “de caráter humanitário” e “recebidos em conexão com uma atividade ligada à operação militar” na Ucrânia.
Na Rússia, são comuns as condenações judiciais de soldados e dirigentes do complexo militar-industrial por casos de corrupção ou desvio de dinheiro público.