Domingo, 02 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de janeiro de 2023
Integrantes do PL, partido de Bolsonaro, estão certos de que o próximo passo do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, será tornar Jair Bolsonaro inelegível. Membros da sigla ainda avaliam que a chance de o ex-presidente ser alvo de prisão é real.
O alerta chegou ao grau máximo quando correligionários da legenda tomaram conhecimento de uma decisão de Moraes que autoriza a quebra de sigilo telefônico de oito bolsonaristas.
Como informou o site “Metrópoles”, a medida tem potencial de atingir o próprio ex-presidente e membros do núcleo duro de seu governo. Dois dias antes de acabar seu mandato, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos, sem data para voltar.
Advogados que trabalham para o PL contabilizam que existem mais de 30 ações só no TSE com potencial de tornar Bolsonaro inelegível.
Diante disso, o advogado Marcelo Bessa foi escolhido para ser o responsável pelas ações tidas como as mais “perigosas” contra o ex-presidente. Entre elas estão processos criminais, ações relacionadas à conduta de Bolsonaro na pandemia e o pedido de prisão preventiva de Bolsonaro feito pelo PSOL.
A Advocacia-Geral da União representou o ex-presidente em boa parte de ações durante seu mandato, mas, desde a semana passada, representantes dele têm pedido ao órgão que desista de atuar em uma série de processos.
Salário
Jair Bolsonaro não poderá contar com o salário que vai receber do PL, seu partido, até retornar dos Estados Unidos. O ex-presidente viajou para a Flórida dois dias antes do fim de seu mandato e está sem data para voltar. Aliados acreditam que ele permanecerá no país por três meses. Michelle Bolsonaro também não terá direito ao pagamento no período em que estiver fora com o marido.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chegou a ser cobrado por membros da sigla sobre a condição de Bolsonaro e disse que o pagamento só será feito após o retorno do capitão. O montante acertado com o ex-presidente foi de R$ 39,2 mil mensais, valor equivalente ao teto constitucional do setor público.
O retorno da família Bolsonaro ao Brasil, no entanto, não é garantia de pagamento. O partido também depende de uma canetada do presidente da Justiça eleitoral, Alexandre de Moraes, para que tenha recursos.
As contas da sigla estão bloqueadas desde que o PL apresentou uma ação pedindo a anulação de cerca de 300 mil votos apenas no segundo turno. Moraes atendeu a um pedido da legenda e liberou verbas para pagar a folha de pagamento do PL de dezembro, mas, como informou a coluna, o contracheque de Bolsonaro não está contabilizado.