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Política “Quem fizer algo errado será convidado a deixar o governo”, diz Lula a seus 37 ministros

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O petista também pregou a união dentro do governo para acabar com as "brigas familiares"

Foto: Reprodução de TV
O petista também pregou a união dentro do governo para acabar com as "brigas familiares". (Foto: Reprodução de TV)

Em discurso na abertura da primeira reunião ministerial do seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a importância de o Executivo manter uma boa relação com o Congresso Nacional, além de dar uma enquadrada em seus ministros. No início da sua fala, Lula disse que o governo não tem “um pensamento único” ou “uma filosofia única”. “Não somos um governo de pessoas iguais, somos um governo de diferentes”, declarou. O petista também afirmou que “quem fizer algo errado, será convidado a deixar o governo”.

Dirigindo-se aos ministros, Lula disse: “Muitos de vocês são resultados de acordo político, já que não adianta ter o melhor corpo técnico e não ter um voto no Congresso”. “É o Congresso que nos ajuda, não mandamos no Congresso, dependemos dele”, prosseguiu.

Sem mencionar nenhum ministro especificamente, Lula afirmou que não deixará nenhum dos titulares das pastas “no meio da estrada” ao longo do governo. Ele disse respeitar as indicações políticas que levaram os ministros ao governo.

Apoio constante

“Estejam certos que eu estarei apoiando cada um de vocês nos momentos bons e nos momentos ruins. Não deixarei nenhum de vocês no meio da estrada, não deixarei nenhum de vocês. Vocês foram chamados porque têm competência, vocês foram chamados porque foram indicados pelas organizações políticas que vocês pertencem, e eu respeito muito isso”, afirmou.

O petista afirmou que “cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado ou cada senador que o procurar”. Lula disse que não quer que nenhum parlamentar recuse dar seu voto em favor do governo porque não foi bem recebido pelos ministros ou porque não recebeu “nem um cafézinho ou uma água”.

Ele também pregou a união dentro do governo para acabar com as “brigas familiares” e disse que a sua gestão terá uma tarefa “árdua”, mas “nobre” pela frente. “Nossa tarefa é uma tarefa árdua, mas é uma tarefa nobre. A gente vai ter que entregar esse País melhor.”

Turismo

Lula rejeitou demitir a ministra do Turismo e o Palácio do Planalto saiu em defesa dela, minimizando o episódio. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que a situação de Daniela não foi assunto da reunião. “Não existe nada substantivo que justifique qualquer preocupação neste momento, portanto isso não está na agenda do governo”, afirmou Costa.

O governo sofreu com desgastes de imagem e reações negativas do mercado financeiro provocados por opiniões pessoais de seus auxiliares e bate cabeça entre os projetos em análise nos ministérios. Rui Costa reconheceu a necessidade de “uniformizar” o discurso, mas disse que o objetivo do encontro “não foi fazer nenhum reparo”.

Legislativo

Lula afirmou que os ministros têm obrigação de receber deputados e senadores. E ainda lembrou que estará aberto a conversar com todos os partidos e fez uma menção especial à atenção que dará aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade do presidente da Câmara”, afirmou.

“Vou fazer a mais importante relação com o Congresso Nacional que já tive. Estive oito anos na Presidência e eu digo aos líderes Jacques Wagner, (José) Guimarães e Randolfe (Rodrigues), que, desta vez, vocês não se preocupem pois vão ter um presidente disposto a fazer tantas quantas conversas for necessário com lideranças, partidos políticos e os presidente Rodrigo Pacheco e Arthur Lira. Não tem veto ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando do bem do povo brasileiro”, afirmou.

Recados e agronegócio

Lula prometeu punição a crimes ambientais. O presidente deu um claro recado ao agronegócio, setor econômico em que o ex-presidente e adversário eleitoral Jair Bolsonaro (PL) tinha um pilar de seu eleitorado. O petista afirmou que “pessoas sérias”, “homens de negócio” e “empresários de verdade” do agro, que sabem produzir sem ofender e adentrar biomas como Amazônia e Pantanal, serão respeitados e bem tratados. A fala foi feita enquanto Lula elogiava do ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) por ser um elo do governo com os produtores rurais.

“Aqueles que teimarem em continuar desrespeitando a lei, invadindo o que não pode se invadido, usando agrotóxico que não pode ser usado, esse a força da lei imperará sobre eles. Nesse País tudo vale, a única coisa que não vale é cidadão bandido achar que pode desrespeitar a boa vontade da sociedade brasileira, a nossa Constituição e a nossa legislação”, disse Lula.

O petista ainda citou nominalmente os ministros da Educação, Camilo Santana (PT), da Saúde, Nísia Trindade, e da Cultura, Margareth Menezes. Ao ex-governador petista Camilo, Lula disse que deverá se reunir com ele na semana que vem para fazer um levantamento das mais de 4 mil obras paradas no setor educacional. Ao se destinar à Margareth, o presidente disse ser necessário fazer uma “revolução cultural” no País. À Nísia o petista relembrou a responsabilidade da ministra na área da Saúde e disse compreender que ela terá dificuldades em atingir os objetivos.

 

Presidente se reuniu com todos os ministros pela primeira vez desde que assumiu a Presidência pela terceira vez. (Foto: Reprodução de TV)

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https://www.osul.com.br/na-primeira-reuniao-ministerial-lula-diz-que-o-governo-depende-do-congresso/ “Quem fizer algo errado será convidado a deixar o governo”, diz Lula a seus 37 ministros 2023-01-06
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