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Política Ministério Público de Contas pede bloqueio de bens de Bolsonaro

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A ideia é usar o dinheiro eventualmente bloqueado para ressarcir os cofres públicos se ficar provado que Bolsonaro tem responsabilidade pelos atos.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Bolsonaro afirmou não saber o valor dos itens. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) o bloqueio de bens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) e do ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres.

O pedido foi feito no processo aberto para identificar os responsáveis pela depredação do Palácio do Planalto e dos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional nos atos de vandalismo do último domingo (8).

O subprocurador-geral Lucas Furtado sugere a “indisponibilidade de bens” como medida cautelar diante dos “inúmeros prejuízos ao erário federal”.

A ideia é usar o dinheiro eventualmente bloqueado para ressarcir os cofres públicos se ficar provado que Bolsonaro, Ibaneis e Torres têm responsabilidade pelos protestos radicais em Brasília.

Mobiliários, obras de arte, equipamentos eletrônicos e a própria estrutura dos prédios públicos foram danificados pela ação dos vândalos. As autoridades ainda não divulgaram o balanço final do prejuízo.

Furtado também pediu o compartilhamento de provas reunidas pela Polícia Federal e outros órgãos envolvidos na investigação sobre os atos golpistas. O objetivo é usar as informações para chegar a empresas que podem ter financiado a ação dos extremistas.

O subprocurador de Contas sugeriu ainda a intimação da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para identificar os agentes públicos que podem ter sido “omissos”.

Outra medida defendida pelo MP é que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), repasse informações sobre o afastamento cautelar do governador do Distrito Federal, o que na avaliação de Furtado “pode comprovar indícios acerca de sua responsabilidade”.

Omissão

Moraes entendeu que houve omissão e conivência por parte de Torres, que, na visão do ministro, foi omissosao não conter os terroristas e evitar a destruição nas sedes dos poderes da República.

O ministro também entendeu que as prisões são necessárias para evitar a destruição de provas e entraves à investigação.

“Os comportamentos de Anderson Gustavo Torres e Fábio Augusto Vieira são gravíssimos e podem colocar em risco, inclusive, a vida do presidente da República, dos deputados federais e senadores e dos ministros do Supremo Tribunal Federal”, escreveu Moraes.

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