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Política Lula mobiliza instituições e diz: “eles querem é golpe, e golpe não vai ter”

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Lula e governadores: presidente se reuniu inclusive com aliados de ex-presidente Jair Bolsonaro para discutir crise provocada por ataques de domingo. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebon/Agência Brasil)

Em uma reação coordenada em defesa da democracia e das instituições da
República, integrantes das cúpulas dos três Poderes e governadores se reuniram no começo desta semana para rechaçar os ataques terroristas ocorridos na capital federal na véspera contra o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.

As manifestações, que incluíram aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, tiveram a intenção de demonstrar unidade e defender a adoção de providências conjuntas contra os extremistas.

Traduziram-se em atos concretos: a Câmara dos Deputados fez uma sessão para aprovar, de forma simbólica, o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, proposto por Lula em reação aos atos terroristas praticados por manifestantes radicais no domingo (8) em Brasília.

O Congresso fará o levantamento de quem foram os políticos envolvidos na destruição do patrimônio e invasão, os diferenciando daqueles que estimularam manifestações, mas de forma pacífica. Quem participou da depredação e vandalismo contra as sedes dos Poderes será punido exemplarmente, avisou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) aos parlamentares.

No Senado, também estão em estudo várias medidas em resposta aos atos
terroristas, como a instalação, em fevereiro, de uma Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) para apurar os responsáveis por organizar, estimular e financiar os atos. Não há consenso para a mesma iniciativa na Câmara dos Deputados.

No dia seguinte aos atos, Lula recebeu representantes do STF e do Legislativo. Os chefes dos Três Poderes divulgaram uma nota conjunta “em defesa da democracia” na qual condenaram os “atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas”.

“Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras”, diz o documento.

A nota foi assinada por Lula, pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e pelo presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

Lula também convocou os comandantes das Forças Armadas para uma
reunião. Nela, o presidente manifestou indignação com os ataques contra os Três Poderes e disse estar convicto de que havia nos atos pessoas interessadas em um golpe de Estado. Recebeu de volta, segundo relatos, solidariedade dos militares. Os comandantes Júlio Cesar de Arruda (Exército), Marcos Sampaio Olsen (Marinha) e Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica) garantiram que as tropas estão “sob controle” e descartaram qualquer risco de instabilidade.

Estava também presente o ministro da Defesa, José Múcio, alvo de fogo amigo no governo, especialmente de petistas, desde que declarou que as manifestações nos quarteis eram “parte da democracia”. Os ataques aos três Poderes no último domingo reforçaram o volume de críticas à conduta do ministro. Ciente do movimento que já fala em troca na pasta, ele tem dito que a cadeira não é dele, mas de Lula.

Outro ministro que está sob os holofotes no episódio, o titular da Justiça saiu em defesa do colega. “Múcio não é o grande vilão do processo, Não compartilho dessa visão e me solidarizo, o que não significa concordância integral com atitudes”, ponderou.

No fim do dia, em meio a dúvidas se aliados de Bolsonaro participariam da reunião ampliada entre as cúpulas dos Poderes e governadores, Lula iniciou o encontro com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e outros chefes de executivos estaduais alinhados ao ex-presidente. Estavam também os chefes do Judiciário, do Legislativo e o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Segundo Lula, “a polícia de Brasília negligenciou, a inteligência de Brasília
negligenciou” os sinais de que o ataque aconteceria. E denunciou indícios de
conivência. “É fácil ver [em imagens] policiais conversando com invasores. Houve conivência da polícia e aqui dentro do Palácio, soldados do Exército conversando com as pessoas como se fossem aliados”, afirmou na reunião. “O que nós vimos foi uma coisa que já estava prevista, já estava anunciada. As
pessoas que estavam em frente aos quartéis não tinham pauta de negociação. Eles estavam reivindicando golpe.”

Segundo Lula, será investigado quem custeou os atos. “Eles querem golpe, e golpe não vai ter”, afirmou o presidente.

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