Quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de janeiro de 2023
O apelo vem após uma série de nações estipularem regras específicas direcionadas a pessoas que chegam do país asiático.
Foto: DivulgaçãoO atual surto de casos do novo coronavírus na China “não deve ter um impacto significativo na situação epidemiológica da covid na região europeia”, disse o diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o continente, Hans Kluge, em coletiva nesta terça-feira (10).
Segundo Kluge, a avaliação deve-se ao fato de as versões da Ômicron por trás dos diagnósticos chineses já circularem na Europa há um tempo. Na última semana, o Grupo Consultivo Técnico sobre Evolução de Vírus da OMS (TAG – VE) reuniu-se para abordar a situação sanitária na China e afirmou que as amostras do coronavírus sequenciadas no país indicam a predominância das linhagens BA.5.2 e BF.7.
“Nenhuma nova variante ou mutação significante conhecida foi observada nos dados de sequência disponíveis publicamente”, disse o comunicado do TAG – VE. Porém, os especialistas reforçaram a importância do monitoramento para identificar rapidamente o surgimento de novas subvariantes e a resposta a elas.
“Manter altos níveis de vigilância genômica representativa na China e no mundo, anotar sequências genômicas com metadados clínicos e epidemiológicos relevantes e compartilhar rapidamente esses dados são os pilares da avaliação oportuna de risco global”.
Ainda assim, no contexto em que não há novas sublinhagens identificadas na China, Kluge pediu às nações europeias que tomem medidas “proporcionais e não discriminatórias” em relação aos viajantes procedentes do país. O apelo vem após uma série de nações estipularem regras específicas direcionadas a pessoas que chegam do país asiático, como a obrigatoriedade de testes negativos.
Reabertura
A China reabriu suas fronteiras no último domingo (8), depois de quase três anos de isolamento provocado pela covid.
A reabertura das fronteiras para estrangeiros e a eliminação da quarentena obrigatória para os viajantes marca o fim da política de “Covid zero”, adotada pelas autoridades chinesas desde o início da pandemia. O país asiático foi a última grande economia do mundo a abolir as restrições no movimento de pessoas para tentar controlar a doença.
Com a mudança e a volta de uma vida mais normal, a economia chinesa vai passar a crescer em ritmo mais acelerado. O principal motor desse crescimento será o consumo interno no país, que vai voltar a patamares parecidos com os registrados antes das restrições.
Com um enorme mercado interno de mais de 1,4 bilhão de pessoas, esse aumento na demanda pela China vai provocar um aumento nos preços de várias commodities e terá impacto inflacionário pelo mundo – justamente num momento em que as maiores economias ocidentais e o Brasil sofrem com custo de vida e juros muito altos.