Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de janeiro de 2023
Segundo Marina, a política ambiental não era prioridade para o governo federal
Foto: Valter Campanato/Agência BrasilA ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que o Brasil precisa se apressar para recuperar o “tempo perdido nos últimos anos”, quando, segundo ela, a política ambiental não era prioridade para o governo federal.
Marina afirmou que o País precisará buscar recursos de fora para retomar ações de preservação do meio ambiente. “Vamos buscar doação da filantropia. Quando estive no Egito [durante a COP27, conferência da ONU sobre mudanças climáticas], me reuni com altos representantes da filantropia global, e alguns virão ao Brasil para negociar aporte de recursos”, declarou.
Segundo ela, entre as entidades interessadas em cooperar, estão a Fundação Earth Alliance, presidida pelo ator Leonardo DiCaprio, e a Bezos Earth Fund, criada por Jeff Bezos, dono da gigante varejista Amazon.
O Brasil reabriu recentemente o Fundo Amazônia, que conta com doações de outros países para combate ao desmatamento na região e apoio a pesquisas e atividades produtivas sustentáveis. Alemanha e Noruega são as atuais parceiras do fundo, que poderá contar com o Reino Unido em breve.
Marina disse que o dinheiro retido no fundo atualmente (R$ 3 bilhões) será utilizado de forma emergencial para ações de gestão, fiscalização e monitoramento. Ela adiantou que irá ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, a fim de buscar mais recursos para a preservação ambiental no Brasil.
“A União Europeia aprovou regramento que não permite a entrada de produtos oriundos de desmatamento, violência, do garimpo ilegal, de destruição de áreas protegidas. O esforço será de fazer o dever de casa para não prejudicar o agronegócio brasileiro, os interesses brasileiros, a indústria”, destacou a ministra.
De acordo com ela, o mundo já vê o Brasil de “forma diferente” após a mudança de governo.