Terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2023
Ele disse que irá aproveitar a elite financeira global para falar sobre a agenda econômica do governo Lula.
Foto: Washington Costa/MFO ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (16) que a ansiedade de investidores e empresários em relação ao novo governo será controlada com a implementação de medidas que já foram anunciadas durante a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“É uma ansiedade que será naturalmente controlada pelo fato de que as medidas que estão sendo tomadas vão na direção que o presidente Lula já anunciou na campanha”, disse Haddad, ao chegar em Davos, onde participará do Fórum Econômico Mundial.
O ministro disse que dará três recados a empresários e investidores nos Alpes suíços: político, após os atos em Brasília; retomada econômica com sustentabilidade fiscal e social e o meio ambiente. A viagem a Davos é sua primeira viagem internacional como ministro da Fazenda do governo Lula.
Segundo Haddad, em primeiro lugar, ele vai reforçar o compromisso do Brasil em dar suporte a jornadas democráticas no mundo, sobretudo, na América do Sul, e o combate a todo tipo de extremismo. Também vai aproveitar a elite financeira global para falar sobre a agenda econômica, na qual o governo Lula defende a retomada do crescimento com sustentabilidade fiscal, ambiental e justiça social. E, por fim, ao lado da ministra do meio ambiente, Marina da Silva, irá enfatizar a sustentabilidade ambiental.
“A sustentabilidade ambiental ganhou uma dimensão na qual o Brasil tem muito a oferecer não apenas em termos da retomada de compromissos históricos como combate ao desmatamento e energia renovável, mas também na pauta do desenvolvimento podemos pensar na reindustrialização do Brasil com base na sustentabilidade”, afirmou Haddad.
Sobre a viagem da comitiva brasileira a Davos e o seu posicionamento após os atos ocorridos em Brasília, o ministro da Haddad disse que as instituições brasileiras deram uma “resposta muito imediata”.
“No dia seguinte, houve uma intervenção na segurança do Distrito Federal, o afastamento judicial do governador, a visaria dos 27 governadores que se reuniram com os três poderes em um compromisso com a Constituição e a agenda democrática deu uma resposta muito rápida. Em 24 horas, a coisa estava sob controle”, lembrou, mencionando ainda o repúdio popular pela maioria da população brasileira. “Não é uma coisa trivial”, reforçou.
Com essa reposta, o Brasil deu uma sinalização de “muita maturidade institucional”, na sua visão.
Em Davos, Haddad terá mais de 12 encontros em dois dias. Segundo ele, serão reuniões muito rápidas e com uma frequência enorme. Depois dos atos em Brasília, o pedido de convites ao ministro se multiplicou, passando de 50 e vindo de diversos países, conforme fontes. O ministro deve se encontrar com investidores, empresários e figuras públicas e participará ainda de um encontro promovido pelo Itaú Unibanco e outro pelo BTG Pactual, na terça-feira (17).