Terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2023
De acordo com o tribunal, houve punições em 13 casos; vice-presidente administrativo vê evolução no combate
Foto: ReproduçãoO Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) revelou nesta segunda-feira (16), um breve relatório sobre os casos de discriminação no futebol que julgou ao longo da temporada de 2022. No total, foram 19 denúncias analisadas, incluindo casos de racismo, que sofreram um aumento em comparação ao ano anterior.
De acordo com o tribunal, houve punições em 13 destes 19 casos. As sanções somaram R$ 335 mil em multas e suspensão total de cinco partidas e 370 dias de gancho para jogadores e clubes envolvidos nos casos em que houve condenação na esfera esportiva. Esse número, contudo, ainda poderá aumentar porque alguns casos tiveram denúncia em 2022, mas terão um veredicto somente neste ano.
O caso mais rumoroso do ano passado, por exemplo, ainda não teve um desfecho. Trata-se da acusação do volante Edenilson, na época defendendo o Internacional ao lateral Rafael Ramos, do Corinthians. Durante o Brasileirão de 2022, o meio-campista alega que sofreu ofensa racial por parte do jogador português, que nega a acusação.
Rafael Ramos foi absolvido em primeira instância na esfera esportiva, no mês de setembro. O caso, que se refere ao jogo entre Inter e Corinthians no dia 14 de maio, agora será decidido pelo Pleno do STJD em data ainda não definida.
Dos 19 casos de 2022, 11 foram abertos por conta de cânticos homofóbicos, seis deles são por injúria racial e dois por preconceito sexual. De acordo com o STJD, o que mais chama a atenção nestes números é o comparativo entre 2021 e 2022 quanto às denúncias de racismo. Foram seis no ano passado, exatamente o dobro do que registrado na temporada anterior.
Além de multas e suspensões, o tribunal estabeleceu aos times condenados a obrigação de iniciar campanhas educativas antes e durante as partidas com mensagens nos telões dos estádios.