Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2023
Presa em flagrante em 2014, Maria de Fátima e condenada a mais de 4 anos de prisão em regime semiaberto. Após recorrer, a pena foi diminuída para 3 anos e 10 meses
Foto: ReproduçãoA manifestante radical Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, que aparece em um vídeo invadindo o Palácio do Planalto, em Brasília no último dia 08 de janeiro também responde por falsificação de documento e estelionato, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Além do caso em andamento, ela já foi condenada à prisão por tráfico de drogas em 2014.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, a moradora de Tubarão, no Sul catarinense, falsificou o documento de uma mulher em 2012 e realizou contratos de linhas telefônicas com a identidade falsa.
Tráfico
Além disso, em 2014, Maria de Fátima foi presa em flagrante e condenada a mais de 4 anos de prisão em regime semiaberto. Após recorrer, a pena foi diminuída para 3 anos e 10 meses, com restrições de direitos e prestação de serviços à comunidade e foi cumprida.
“Em campana realizada muito próxima ao imóvel da ré, foi possível observá-la apurando a existência de policiais na região, negociando entorpecentes com usuários, indicando locais em que estes poderiam adquirir outras espécies de entorpecentes e utilizando os serviços de um adolescente para realizar a entrega do crack aos consumidores da droga”, diz trecho de depoimento dos policiais no caso.
Radicais
A catarinense não consta nas listas de presos divulgadas pela polícia do Distrito Federal. Nas imagens que viralizaram nas redes sociais, ‘Fátima de Tubarão’, como ficou conhecida nas redes, fala:
“Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão agora”, fazendo referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (assista abaixo).
“Olha aqui, pessoal. Dona Fátima, de Tubarão, Santa Catarina. 67 anos. Tá aqui quebrando tudo”, disse quem a estava filmando.
Questionada se Fátima estava sendo investigada pela invasão em Brasília, a Polícia Federal afirmou que “não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento”.
Denúncia
Fátima de Tubarão responde pelos crimes de falsificação de documento e estelionato, previstos nos artigos 297 e 171, respectivamente. Os delitos teriam acontecido em 2012. O processo, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, está em andamento e aguarda audiência de instrução e julgamento.
Manifestante radical filmada dentro do Planalto dizendo que ia ‘pegar Xandão’ foi condenada por tráfico de drogas
A denúncia revela que a mulher foi vigiada por policiais por cerca de meia hora em 14 de janeiro de 2014. Por volta das 3h30, saiu de casa e começou a varrer a calçada, sem perceber a presença dos agentes. Depois, começou a atender usuários de drogas, incluindo um adolescente.