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Política Alexandre de Moraes mantém 140 presos por terrorismo e libera 60; ministro ainda terá que analisar mais de 1200 casos

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As análises começam a sair um dia após o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmar que estima apresentar em 15 dias até 200 denúncias contra os envolvidos nos atos.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
As análises começam a sair um dia após o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmar que estima apresentar em 15 dias até 200 denúncias contra os envolvidos nos atos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), começou a analisar 1.459 atas de audiências de custódia dos detidos por participação nos atos ataques do dia 8 de janeiro. Até o momento, ele já proferiu decisões em 200 casos: 140 detenções em flagrante foram convertidas em prisões preventivas, e 60 suspeitos foram liberados, com a aplicação de medidas cautelares.

De acordo com o gabinete do magistrado, a expectativa é que todos os casos sejam apreciados até sexta-feira (20). As análises começam a sair um dia após o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmar que estima apresentar em 15 dias até 200 denúncias contra os envolvidos nos atos.

Suspeitos soltos

Em relação aos 60 suspeitos que foram soltos, Moraes considerou que até o momento não há provas de que eles tenham cometido violência, invasão dos prédios e depredação do patrimônio. Nesses casos, foram adotadas uma série de medidas cautelares, como recolhimento domiciliar no período noturno e nos fins de semana, uso de tornozeleira eletrônica e suspensão de eventual porte de armas. Eles também foram proibidos de sair do país; utilizar redes sociais e se comunicar com os demais suspeitos, entre outras determinações.

No caso dos que ficarão presos preventivamente, Alexandre de Moraes considerou que há evidências de atos terroristas, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, ameaça, perseguição ou incitação ao crime.

“O ministro considerou que as condutas foram ilícitas e gravíssimas, com intuito de, por meio de violência e grave ameaça, coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos”, diz nota divulgada pelo gabinete.

Flagrante

Todo preso em flagrante deve passar em até 24h por uma audiência de custódia, na qual um juiz analisa a necessidade ou não da prisão. No caso dos detidos pela manifestação golpista, as audiências foram realizadas por magistrados do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), mas a decisão sobre a manutenção ou não da prisão é de Moraes.

Aras estima 200 denúncias

O Procurador-Geral da República, Augusto Aras declarou nesta terça-feira (17), que estima apresentar em 15 dias até 200 denúncias contra os envolvidos nos atos golpistas em Brasília. O procurador ainda afirmou que há pelo menos dez denúncias contra incitadores, financiadores e vândalos que devem ser ajuizadas até o fim desta semana. O Ministério Público Federal (MPF) já tem 40 denúncias prontas contra pessoas identificadas.

Aras disse ainda que a investigação envolve agentes públicos, mandantes intelectuais, financiadores e executores dos atos antidemocráticos, e não descartou a costura de uma “solução conciliada” com o STF o Congresso Nacional.

A PGR decidiu não fazer denúncia por atos de terrorismo, por não ser possível comprovar que a depredação em Brasília tenha sido motivada “por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião”, o que seria essencial para configurar o crime.

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https://www.osul.com.br/ministro-do-supremo-converte-140-prisoes-de-manifestantes-em-preventivas-pelos-atos-em-brasilia/ Alexandre de Moraes mantém 140 presos por terrorismo e libera 60; ministro ainda terá que analisar mais de 1200 casos 2023-01-18
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