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Política Após dispensar militares de palácios, Lula deve se reunir com comandantes das Forças Armadas

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Na reunião, o presidente deve abordar a postura de militares na invasão do Palácio do Planalto e falar sobre investimentos em projetos estratégicos

Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação
Na reunião, o presidente deve abordar a postura de militares na invasão do Palácio do Planalto e falar sobre investimentos em projetos estratégicos. (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação)

Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarar que “perdeu a confiança” em parte dos militares da ativa, o governo federal dispensou 56 praças e oficiais das Forças Armadas e da Polícia Militar do Distrito Federal. O contingente exercia funções de confiança no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e na Secretaria-geral da Presidência. Do total, 45 atuavam nas residências que serão usadas por Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e 11 desempenhavam outras tarefas de segurança.

Os atos de dispensa dos militares da ativa foram publicados nesta terça-feira (17) no Diário Oficial da União. A lista de demissões dos cargos comissionados traz militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. A maior parte trabalhava nos cuidados nas residências oficias da Presidência da República, como o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto. Mas havia também militares na estrutura do GSI, um deles no escritório de representação da Presidência no Rio de Janeiro.

Nos próximos dias, o presidente deve se encontrar com os comandantes-gerais de Exército, Marinha e Aeronáutica. Na reunião, Lula deve abordar a postura de militares na invasão do Palácio do Planalto e falar sobre um assunto de interesse dos militares: os investimentos em projetos estratégicos.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que as exonerações atingiram cargos de “extrema confiança” e serão mais intensas a partir da semana que vem, sejam militares ou civis. “O grosso das nomeações e exonerações será feito a partir do dia 23 até o fim do mês. Tem muita gente para sair e entrar”, disse Costa, ao deixar almoço com os comandantes das Forças Armadas no Ministério da Defesa.

“O governo que saiu tem pouca ou nenhuma sintonia com o que entrou, o pensamento em todas as áreas é muito diferente, portanto não poderíamos conviver com os mesmos assessores. Alguém achava que íamos manter os assessores do governo anterior?”, questionou.

Queixas

As demissões ocorrem num contexto de queixas e críticas públicas do presidente a militares das Forças Armadas. As evidências de falhas na segurança do Planalto durante a invasão de extremistas no dia 8 aumentaram a pressão sobre o ministro do GSI, general Marcos Edson Gonçalves Dias. Mesmo internamente, no governo, houve questionamentos à atuação do GSI e do Batalhão de Guarda Presidencial.

Ministros que despacham no Planalto, como o titular da Casa Civil, passaram a defender abertamente mudanças na equipe do GSI. Além disso, sugeriram uma rotina de treinamentos de evacuação do edifício tombado para servidores e autoridades, em situações de ataque ao prédio.

Lula foi o primeiro chefe do Executivo a retirar os militares da ativa da função de ajudantes de ordens, um assessor militar de estrita confiança dos presidentes da República, com acesso a informações reservadas. Ao Estadão, o petista afirmou que “perdeu a confiança” nos militares da ativa que costumam ser designados para a função. O presidente citou casos de indisciplina de praças da ativa, da antiga equipe do GSI bolsonarista – um deles pregou a execução de petistas.

“Desbolsonarização”

O presidente promove desde o primeiro dia de governou ma “desbolsonarização” da máquina pública, primeiro focada em cargos de chefia, mas que agora atingiu civis e militares do menor escalão. Ele afirmou na semana passada que nenhum “bolsonarista raiz” deveria permanecer no governo, sobretudo na Presidência.

O presidente já havia excluído os militares do GSI de sua segurança imediata. Lula entregou a função, popularmente conhecida como guarda-costas, a policiais federais. O petista criou a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República. Por decreto, a previsão é de que a secretaria extraordinária seja extinta no fim de junho, quando as competências voltarão a ser exercidas “privativamente” pelo GSI. Mas o plano pode mudar.

“O presidente pediu que nós estudássemos o modelo de outros países. Estamos analisando para ver o melhor formato”, afirmou Costa. “Foi dado um prazo-limite de seis meses para esse modelo híbrido, da segurança mais direta e pessoal ser da PF e amais distante ser do GSI, mas vamos apresentar uma proposta para que ele tome a decisão do modelo que quer implementar.” •

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https://www.osul.com.br/apos-dispensar-militares-lula-reunir-comandantes/ Após dispensar militares de palácios, Lula deve se reunir com comandantes das Forças Armadas 2023-01-18
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