Colunistas Renan vai engavetar projeto de compra de armas e redução da maioridade
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Vai durar pouco a comemoração das bancadas da bala, conservadora e evangélica na aprovação da redução da maioridade penal e no iminente enterro do Estatuto do Desarmamento, em análise na Câmara. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai barrar na pauta do plenário da Casa Alta a PEC 171, da maioridade, e o PL 3722/12, que flexibiliza compra e o porte de armas. Renan está fechado com a presidente Dilma, e atende pedido do Planalto – declaradamente contra os dois projetos. O objetivo é engavetar as propostas por anos, enquanto as bancadas estiverem afinadas.
As mudanças
A redução é para crime hediondo, homicídio doloso e lesão com morte. O 3722 reduz de 25 para 21 anos permissão para compra de arma e amplia o porte de 3 para 10 anos.
Por conta
Renan vai segurar a pauta por conta própria, pela prerrogativa do cargo, embora consulte líderes. Diz que o PL das armas só passa se mantiver venda para maior de 25.
Tramitação
A PEC 171, da redução de 18 para 16 anos, tramita em comissões do Senado. O PL 3722, que anula Estatuto do Desarmamento, está na fila para entrar na pauta da Câmara.
Cada um por si
Vice-presidente de Agronegócio do BB, o ex-senador Osmar Dias (PDT) negocia filiação ao Partido Verde, com vistas a se lançar candidato a presidente em 2018. Almoçou há dias com José Luiz Pena em Brasília, o deputado presidente do PV. A cada dia vislumbra-se cenário de 1989 na disputa de 2018: cada partido com seu candidato.
Luz apagou
A agenda de Eduardo Cunha de viagens e de participação em solenidades não é mais a mesma desde que entrou na mira da Lava Jato. Ele recuou na Câmara Itinerante (a última visita a Assembleias foi em Goiás, em agosto). Há (poucos) convites em aberto.
VW & poluição
O diretor de Assuntos Governamentais da Volks no Brasil, Antônio Megale, revelou em audiência no Senado que a fabricante ainda atende à legislação brasileira mesmo que se retire dos carros o software que dribla a medição sobre poluentes.
Sem desculpa
Mas Megale não convenceu o Governo. O Ibama vai manter a multa de R$ 50 milhões à VW, que fará em 2016 recall no Brasil de 17.050 carros, segundo levantamento da VW.
Porta aberta
A presidente do recém-criado Partido da Mulher Brasileira (PMB), Sued Haidar, circulou pelo Congresso nos últimos dias na tentativa de filiar deputados e senadores.
Heróis anônimos
Deve-se aos advogados Flávio Brito, Carla Rodrigues e Adriano Soares da Costa a conquista na decisão liminar do ministro Luiz Barroso, do STF, que mantém o Rede Sustentabilidade na lista dos partidos que podem filiar políticos em mandato.
Manobra dos grandes
Foi numa ação direta de inconstitucionalidade sobre a reforma política que Barroso concedeu medida cautelar para o trio do Rede. Na nova lei, numa manobra dos grandes partidos, a ‘criação de partido’ deixou de ser justa causa para troca de legenda sem perda de mandato. E Rede ficava de fora, por ter sido oficializado durante o debate.
Comunidade alternativa
Virou uma minicidade o acampamento dos jovens pró-impeachment de Dilma no gramado do Congresso. Primeiro, as barracas; depois, lojinha. Ontem havia mercadinho e até churrasqueira soltava fumaça. Portaria de anos atrás proíbe ocupação no gramado.
Hegemonia do PMDB
Os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Romero Jucá (PMDB-RR) disputam a sucessão de Renan Calheiros. O PT morreu no salão e não consegue se impor. Há leve vantagem para Jucá.
Corta, mas derrapa
A F-1 no Brasil é bancada pela Petrobras, mesmo em baixa e em crise. São R$ 75 milhões. (Fundo musical para sua leitura: theme song da vitória do Ayrton Senna).
Nessa crise..
..Há quem não perca o otimismo. Acredite, o ex-ministro Francisco Weffort (ex-PT e depois PSDB) dá palestra no IBMec Rio (Barra) amanhã sobre ‘O lado bom da crise’.
Ponto Final
$aúde que nada! O negócio é turismo. A Unimed paulistana, que faliu, pagou safári na África para 138 diretores e corretores.
Com Equipe DF, SP e Nordeste
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