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Mundo “Ser homossexual não é crime”, diz papa Francisco

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Francisco reconheceu que os bispos católicos, em algumas partes do mundo, apoiam leis que criminalizam a homossexualidade

Foto: Reprodução
Médicos descartam que pontífice tenha Covid-19. (Foto: Reprodução)

O papa Francisco classificou como “injustas” as leis que criminalizam a homossexualidade, existentes em alguns países. Nesta terça-feira, o Pontífice afirmou que Deus ama todos os seus filhos como eles são e defendeu que as pessoas LGBTQIAP+ sejam bem recebidas na Igreja.

“Ser homossexual não é crime. Não é crime. Sim, mas é pecado. Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir entre um pecado e um crime,” disse Francisco.
Francisco reconheceu que os bispos católicos, em algumas partes do mundo, apoiam leis que criminalizam a homossexualidade ou discriminam a comunidade LGBTQ. “Estes bispos têm que ter um processo de conversão”, declarou o líder da Igreja Católica.

O papa disse que a Igreja pode e deve trabalhar para acabar com essas leis. Ele citou o Catecismo ao dizer que os gays devem ser respeitados, e não marginalizados ou discriminados. A homossexualidade é criminalizada em 67 países ou jurisdições no mundo. Em 11 desses lugares, a prática pode resultar em pena de morte, segundo o The Human Dignity Trust.

Para Francisco, a Igreja Católica deve trabalhar para acabar com as leis discriminatórias e injustas. “Somos todos filhos de Deus, e Deus nos ama como somos e pela força que cada um de nós luta pela nossa dignidade”, disse o papa.

Em outras ocasiões, Francisco já mostrou-se respeitoso com a comunidade LGBTQIAP+. Conversando com a imprensa na volta de sua primeira viagem como Pontífice, do Rio de Janeiro para Roma, em 2013, ele questionou: “Se a pessoa é gay, procura a Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?” Em 2018, um chileno contou que o Papa lhe disse que Deus o fez gay e o ama assim. Em 2019, o Pontífice comparou políticos e líderes de governo que atacam homossexuais, ciganos e judeus ao ditador nazista Adolf Hitler.

“Não é uma coincidência que, por vezes, ressurjam símbolos típicos do nazismo. Devo confessar a vocês que quando escuto um discurso de alguém responsável por uma ordem ou governo (contra homossexuais, judeus e ciganos), lembro dos discursos de Hitler em 1934 e 1936”, afirmara Francisco.

Abençoar o pecado

Em 2013, seu primeiro ano à frente da Igreja Católica, Francisco se declarou inapto a rejeitar homossexuais que buscassem o conforto de Deus. “Quem sou eu para julgar?”, disse à época. A fala encheu católicos LGBTQIA+ com a esperança de serem acolhidos sem ressalvas no seio da instituição.

Oito anos depois, o mesmo Francisco deu sinal verde para o Vaticano divulgar a diretriz para que clérigos não deem sua bênção a uniões entre pessoas do mesmo sexo. “Deus não pode abençoar o pecado”, diz o documento da Congregação para a Doutrina da Fé, órgão responsável por formular normas para os fiéis da maior vertente cristã do mundo.

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