Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2023
A mercadoria oficialmente declarada era de 200 toneladas de café.
Foto: Guardia Civil/DivulgaçãoA Guarda Civil da Espanha interceptou um navio cargueiro contendo 4,5 toneladas de cocaína próximo às Ilhas Canárias e prendeu os 15 tripulantes da embarcação. A apreensão ocorreu no dia 18 de janeiro.
O cargueiro chamado “Blume”, que opera sob a bandeira de Togo, foi interceptado a 130 quilômetros da costa. O navio saiu do Porto de Santos, em São Paulo, no dia 20 de dezembro de 2022, segundo o site Marine Traffic. O destino era Riga, na Lituânia, nordeste da Europa.
A guarda civil espanhola, contudo não informou se o navio foi abastecido com a droga no Brasil.
Interceptação
A operação da Guarda Civil espanhola contou com ajuda de diversas entidades internacionais, e começou com o alerta do possível envolvimento da embarcação com o tráfico de drogas entre a América do Sul e a Europa.
Como resultado, a vigilância aduaneira espanhola identificou qual seria o navio e fez a abordagem à embarcação suspeita na madrugada da quarta-feira, dia 18 ainda em alto mar.
A mercadoria oficialmente declarada era de 200 toneladas de café, bem abaixo da capacidade real de carga do navio, o que chamou a atenção dos funcionários encarregados da operação. Ao inspecionarem o cargueiro, encontraram a droga escondida e determinaram a prisão dos tripulantes.
“Posteriormente, em inspeção às áreas comuns do cargueiro, foi detectada a presença de um número indeterminado de fardos dos habitualmente utilizados para o tráfico de cocaína”, disse a Guarda Civil espanhola.
A instituição também revelou que o mar, no dia da operação, estava muito revolto e esse fato, junto ao tamanho do cargueiro (100 metros), dificultou a operação.
Dos 15 tripulantes do navio, dois eram albaneses e 13 paquistaneses. Todos foram detidos e encaminhados para o porto de Santa Cruz de Tenerife, na Espanha.
Transbordo de carga
A guarda civil espanhola destacou ainda que as condições do embarque foram muito complicadas devido à situação do mar e às grandes dimensões do barco. “Apesar disso, a ação rápida da ‘Fulmar’ [navio espanhol de fiscalização aduaneira] e de sua tripulação impediu um possível transbordo da droga para outras embarcações, o que teria comprometido a detecção do esconderijo.”
Esta operação atuou na região que é conhecida como “Rota do Atlântico da Cocaína”, que consiste em uma região no meio do Oceano Atlântico utilizada por barcos de pesca, mercadores e cargueiros para passar a carga de drogas de uma embarcação – vinda do continente americano – para outra e posteriormente levar a substância para o continente europeu.