Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2023
A poderosa parceria entre Michael Jordan e Nike – e que resultou no nascimento de um dos tênis mais icônicos do mundo – vai chegar aos cinemas americanos em 5 de abril e, pouco depois, o longa será adicionado ao catálogo do Prime Vídeo.
A relação começou em 1984, quando o astro em ascensão na NBA colaborou com a marca de materiais esportivos para remodelar a silhueta do Jumpman em um novo design mais arrojado. O lançamento permitiu que a Nike, que era conhecida por seus tênis de corrida, abrisse horizonte para outros esportes, inclusive o basquete, modalidade com pouco investimento da marca na época.
“Michael Jordan, especialmente desde o encontro dele com a Nike, tem uma parceria muito marcada pelo impacto cultural que teve. A Nike não investia direito no basquete na época, o Jordan era um novato que tinha preferências pela Adidas e opta, em uma situação muito pontual, em ir para a Nike, até contra a própria expectativa que ele tinha”, afirmou Bruno Maia, CEO da Feel The Match, desenvolvedora de propriedades intelectuais voltada para streaming e blockchain, e executivo de inovação e novas tecnologias no esporte e entretenimento.
A parceria foi uma aposta do executivo Sonny Vaccaro que, pressionado em diminuir a vantagem de popularidade da Converse entre o público do basquete, pinçou a terceira escolha do draft daquele ano da NBA, Michael Jordan, selecionado pelo Chicago Bulls. A equipe era uma das piores da liga, mas logo o status iria mudar pela presença do astro.
“Ele pega um momento em que a Nike está crescendo, com algumas agências de publicidade americanas emergentes e alguns publicitários importantes se associam com o Spike Lee e uma série de conteúdos que marcam o final dos anos 1980, e isso encontra no início dos anos 1990 a internacionalização da NBA, com a história do Magic Johnson e toda a troca de guarda dele para o Michael Jordan, além daquele impacto todo na internacionalização que a NBA sofreu nos anos 90. Também tem o fator desses grandes encontros e que é impulsionado muito pela cultura pop que ganhou muito fôlego pela parceria entre Nike e Jordan”, explicou Bruno Maia.
Mesmo com todo o sucesso comercial, o tênis foi proibido por David Stern, então comissário da NBA, por violar as regras de cores da liga. A partir de então todos os jogadores deveriam usar calçados brancos, caso desrespeitassem a determinação, uma multa de US$ 5.000 (R$25.000) seria aplicada. A data da determinação ficou marcada com #MJDay e é celebrada todo ano.
Depois do primeiro Nike Air Jordan, outros 34 modelos foram lançados. Com algumas peças valendo milhares de reais, o tênis acumula fãs pelo mundo.
“Certamente é uma das parcerias mais impactantes da história da publicidade mundial, eu tenho até dificuldade em lembrar alguma dupla entre marca e influenciador que tenha conseguido tanta sinergia e tanto impacto cultural quanto Michael Jordan e Nike”, acrescentou Bruno Maia. “O Jordan depois que parou de jogar sempre teve muito cuidado com a própria imagem, ele não entra em qualquer coisa, não vemos o Jordan desgastando a imagem em pequenas coisas, ele só faz projetos grandes, qualificados.”
Entre os nomes de peso que participaram do filme, Bem Affleck, além, de dirigir, participar do roteiro e produzir, também estrelará Phil Knight, cofundador da marca. Matt Damon, que também assina o roteiro, viverá o executivo da Nike, Sonny Vaccaro. A mãe de Michael Jordan será representada por Viola Davis, completando o trio de vencedor do Oscar.
A produção é o primeiro projeto da Artists Equity, de Affleck e Damon, em parceria com Amazon Studios, Skydance Sports e Mandalay Pictures. O documentário da ESPN Sole Man, que conta a trajetória de Vaccaro, é base para o filme.
Para Bruno Maia, a série The Last Dance, série exibida pela Netflix, foi o grande marco para o lançamento de outros projetos, como o filme Air. “Graças ao trabalho feito naquele momento pelo filme do Jordan, e o que aconteceu para mim e na visão dos outros produtores de conteúdo e empresários da área, de ver no esporte um novo momento de linguagem e de economia. Esse novo filme é muito bacana e deixa a todos ansiosos. Tem tudo para ser incrível, alguém da relevância histórica entre Nike e Jordan, que fala por si só.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.