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Política Senador Marcos do Val diz que ministro Alexandre de Moraes não lhe pediu para formalizar relato de reunião com Bolsonaro

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O senador disse que pedirá à PGR para que Moraes deixe de ser o relator no Supremo do inquérito dos atos de 8 de janeiro.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
O senador disse que pedirá à PGR para que Moraes deixe de ser o relator no Supremo do inquérito dos atos de 8 de janeiro. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse nesta sexta-feira (3) que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes não lhe pediu, quando se reuniram, para formalizar o relato de ter participado de reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro onde lhe foi proposto que gravasse o magistrado.

Em entrevista à CNN Brasil, o senador disse que pedirá à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que Moraes deixe de ser o relator no Supremo do inquérito dos atos radicais do dia 8 de janeiro.

Nesta manhã, em evento em Lisboa, Moraes disse que o parlamentar se recusou a formalizar em depoimento a denúncia de que teria recebido proposta para participar de um suposto plano golpista.

“Tumulto”

A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que o objetivo do senador Marcos do Val ao denunciar uma suposta reunião com Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) para articular uma ação golpista é dar argumentos para a criação de uma CPI.

Uma comissão do tipo no Congresso, ainda que voltada para alvos da oposição, teria o potencial de gerar tumultos para o governo Lula neste início de mandato.

Por esse e outros motivos, o Palácio do Planalto segue contra a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Na avaliação do Planalto, é preciso ter cautela com o caso.

Segundo assessores, a proposta de gravar o ministro Alexandre de Moraes e forçá-lo a dar alguma declaração comprometedora, para desacreditá-lo, “se encaixa no roteiro do golpe que culminaria com um decreto de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – aquele, do rascunho encontrado com o ex-ministro Anderson Torres”.

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, destaca que o próprio STF e a Polícia Federal já estão investigando o caso e devem avançar nas apurações antes de uma CPI ser instalada.

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