Segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2023
Dias após o terremoto e apesar do frio na região, as equipes de resgate ainda buscam por sobreviventes nos escombros.
Foto: ReproduçãoPelo menos 12.049 pessoas morreram na Turquia e na Síria após o terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a região na segunda-feira (6). O número de feridos nos dois países chega a 58.087. O número de mortos subiu para 9.057 na Turquia, segundo o presidente turco, Tayyip Erdogan. Outras 52.979 pessoas estão feridas.
Na Síria, o número de mortos é de ao menos 2.992, incluindo 1.730 mortes em áreas controladas por rebeldes no noroeste, de acordo com os Capacetes Brancos, uma organização voluntária. E pelo menos 1.262 mortes em áreas controladas pelo governo da Síria, de acordo com a mídia estatal. Os feridos no país ultrapassam 5.108.
Dias após o terremoto e apesar do frio na região, as equipes de resgate ainda buscam por sobreviventes nos escombros.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que cerca de 23 milhões de pessoas podem ser afetadas pelo forte terremoto que atingiu a Síria e a Turquia. “Os mapas gerais de eventos mostram que potencialmente 23 milhões de pessoas estão expostas, incluindo cerca de 5 milhões de populações vulneráveis, sendo mais de 350.000 idosos e 1,4 milhão de crianças”, disse o oficial sênior de emergências da OMS, Adelheid Marschang, à reunião do conselho-executivo da agência de saúde das Nações Unidas (ONU) em Genebra.
O chefe da OMS expressou sua preocupação com a situação, chamando-a de “corrida contra o tempo”.
Placa tectônica
O terremoto foi provocado por um deslocamento de 3 metros da placa tectônica Arábica, de acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) da Itália, que faz o monitoramento geológico da região.
A placa arábica se moveu em relação à placa da Anatólia. O encontro das duas forma uma fenda no subsolo. O resultado desse movimento foi a morte de milhares de pessoas nos territórios turco e sírio.
“É como se a Turquia tivesse se deslocado em relação à placa árabe em direção ao sudoeste”, explicou o chefe do INGV, Carlo Doglioni. “O que chamamos de placa arábica se moveu cerca de 3 metros na direção nordeste-sudoeste em relação à placa da Anatólia; estamos falando de uma estrutura na zona fronteiriça entre esse mundo, o da placa arábica, e o da placa da Anatólia”, acrescentou ao jornal Corriere Della Sera.
O movimento tectônico resultou em um terremoto de magnitude 7,8, com as placas “escorregando” de 30 a 40 segundos, segundo o Doglioni.