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Ali Klemt Chiliquentos não passarão!

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Você já teve aqueles momentos de se tremer todo de raiva? Tipo, de cima a baixo. Quase como se o Hulk em sua versão mais verde fosse tomar conta do seu ser? Tenho certeza que sim.

Pausa para reflexão.

Se eu pudesse dar um conselho, apenas “unzinho” nessa vida, eu diria: aprenda a gerenciar as suas emoções.

Pois vamos lá, porque não quero dar lição de moral por aqui. Pelo contrário: eu, que sou uma pessoa que se considera com alto potencial de inteligência emocional, acabei de ter um “piti”. Um “piti” daqueles de deixar o marido com vergonha alheia. Acontece.

O descontrole acontece, muitas e muitas vezes, diante de situações singelas. E é isso que me choca. Porque, obviamente, ter uma crise frente a uma tragédia é mais do que compreensível. Mas ter um “faniquito” porque se esqueceu que voos internacionais não permitem líquidos com mais de 100ml (e, consequentemente, ter que despachar a necessaire “de ouro”) não é um motivo digno de chilique, não é mesmo? Ou é?

Logo após esse tipo de ocorrido, eu costumo ser tomada por um remorso imenso. Penso nas pessoas envolvidas, principalmente nas que estavam trabalhando e apenas cumprindo determinações. Penso nas pessoas do entorno, que não têm nada a ver com a história, portanto não deveriam ser atingidas por “bad vibes” aleatórias (é ou não é desagradável presenciar alguém irritadinho e achando que está certo?). E aí começa aquela vontade de virar avestruz e esconder a cara embaixo da terra. Ou voltar no tempo e ter outro tipo de atitude.

Ocorre que nenhuma das opções é possível, e precisaremos lidar com as consequências de nossos atos, sejam eles pensados ou não. Quando refletimos antes de agir, podemos, claro, acabar nos arrependendo, mas as chances de isso acontecer são bem menores. Entretanto, a reação impensada, quando impulsionada por um sentimento negativo – raiva, mágoa, medo –, tende a ser inapropriada. E embora nos permita extravasar esse sentimento ruim (que, diga-se de passagem, é apenas nosso), acaba deixando um rastro indesejável, como aquele gosto residual de algo que você comeu, mas não gostou.

Daí o porquê é tão importante saber gerenciar as suas emoções. Mais do que ser uma habilidade social (ou seja, para os outros), domar o que você sente é essencial para si mesmo. “Domar” não significa “engolir”, mas saber quando (e se) é a hora de botar em ação.

Eckhart Tolle já nos ensinou, em “O Poder do Agora”, que as emoções são reações físicas da mente. Portanto, é preciso dominar a mente, antes de mais nada. E é nesse ponto que entra o controle, a inteligência emocional: a capacidade de identificar e lidar com emoções e sentimentos, seus e das pessoas que o cercam.

Não me recordo de uma só vez em que tenha respirado fundo, refletido e me arrependido da ação que tomei. Contudo, foram muitas e muitas vezes em que agi impulsivamente, me deixando levar pela ira ou pelo medo, e acabei desejando ter tomado outra decisão.

Seja o senhor das suas atitudes e palavras. Respire fundo, respire de novo e tente identificar qual é a emoção dominante. Questione-a. Há motivo real para que ela lhe domine? Vale a pena perder tempo, energia e, eventualmente, até o respeito alheio por conta de uma birra que não fará diferença alguma no mundo? Já adianto a resposta: muito, mas muito possivelmente, a resposta é não.

E se nada disso lhe convencer – a sua paz interior, a sua consciência, a sua imagem perante os outros, a sua evolução espiritual –, lembre-se do pior de tudo: você pode ter que se submeter a um final de semana in-tei-ri-nho ouvindo “letrinha” do marido, que quis fingir que não conhecia a chiliquenta do embarque (e, depois, teve que encarar a viagem com a esposa em crise de consciência). Sim, tudo tem consequências nessa vida.

 

Ali Klemt

Apresentadora de TV

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/chiliquentos-nao-passarao/ Chiliquentos não passarão! 2023-02-12
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