Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2015
A França reage em clima declarado de guerra aos autores do maior atentado terrorista de sua história recente. Em meia hora, grupos supostamente comandados pelos radicais do Estado Islâmico colocaram o país de joelhos: em ataques a oito pontos de Paris, fizeram 129 mortos e mais de 350 feridos, 99 deles em estado grave. Agora, uma caça aos autores e seus cúmplices – na França, mas também internacionalmente – está em curso e mobiliza vários outros países, como Bélgica e Alemanha.
“A França está em guerra”, declarou solenemente o presidente francês François Hollande, logo depois dos atentados. “Mas mesmo ferida, a França vai se reerguer. Diante da guerra, um país precisa tomar a ação apropriada.”
No sábado, Hollande multiplicou os contatos com líderes estrangeiros, enquanto seu Conselho de Ministros se reuniu várias vezes para fechar o cerco contra os radicais no interior do país. Mais cedo, os jihadistas reivindicaram a responsabilidade pelo massacre. Segundo a nota, enviada a vários jornais franceses, os atos terroristas teriam sido uma resposta a “insultos ao profeta Maomé e bombardeios franceses contra alvos do grupo”.
“Um grupo de fiéis soldados do Califado começou estabelecendo alvos na capital da prostituição e do vício, a maior mensageira da cruz na Europa, Paris. Que a França e aqueles que seguem seu caminho saibam que permanecerão entre os alvos do Estado Islâmico”, desafiou a organização extremista. “Paris tremeu sob os pés de seus cruzados, e suas ruas tornaram-se estreitas para eles. O resultado dos ataques é nada menos que 200 cruzados mortos e muitos feridos”. Paris virou um quartel-general. Com o país em estado de emergência, governo mobilizou 1,5 mil militares armados. (Deborah Berlinck/AG)