Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2015
Os sinais de que a Odebrecht está tentando ajustar seus negócios têm atraído a atenção da praça financeira. Em duas das empresas do conglomerado, o trabalho já começou. A Odebrecht Agroindustrial tenta alongar os prazos de vencimento de uma dívida de 9 bilhões de reais com BNDES, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander. A empresa conseguiu dos credores uma trégua e ficará dois meses sem pagá-los.
Assessorada pelo banco Rotschild e pela Virtus BR Partners, a Odebrecht Agro se comprometeu a apresentar um plano de reestruturação aos credores antes do fim deste período.
Uma das subsidiárias da Odebrecht Tranport, a Embraport, dona de um terminal portuário em Santos (SP), iniciou conversas para renegociar uma dívida de 2 bilhões de reais. A Virtus, do ex-presidente do BNDES Eleazar de Carvalho, auxilia a Odebrecht nas discussões com os bancos. A companhia de concessões tem ainda outro desafio. Precisa que o BNDES libere até março de 2016 um financiamento de cerca de 10 bilhões de reais, que será usado para abater empréstimos com taxas maiores e sustentar investimentos, como no aeroporto do Galeão (Rio).
Segundo Marcela Drehemer, vice-presidente de finanças da Odebrecht, o grupo também negocia um financiamento de longo prazo para o projeto de gasoduto no Peru. Marcela disse ainda que, em 2016, a geração de caixa aumentará com a entrada em operação de alguns projetos, o que vai aliviar o endividamento. (Folhapress)