Quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de fevereiro de 2023
A Alemanha detém a propriedade intelectual de alguns componentes do blindado.
Foto: Antonio Cruz/Agência BrasilA posição de neutralidade do Brasil na disputa entre Rússia e Ucrânia pode estar por trás do embargo à exportação de veículos de guerra fabricados no interior de Minas Gerais.
É o que relaram fontes do Ministério da Defesa que estão a par das negociações. Oficialmente, a pasta não comenta o caso. Ao menos cinco blindados Guarani, produzidos pela Iveco juntamente com o Exército, estão prontos para seguirem rumos as Filipinas.
A compra foi feita em 2021, numa negociação intermediada por uma empresa israelense, e prevê a entrega de mais 23 veículos.
No entanto, o envio da primeira leva está suspenso. O motivo seria um embargo feito pela Alemanha, que detém a propriedade intelectual de alguns componentes do blindado.
O veto estaria ligado ao fato de o Brasil negar a venda de munição de tanques de defesa antiaérea para a Alemanha repassar à Ucrânia.
Tanto Jair Bolsonaro (PL), quanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentaram publicamente resistência no apoio com material ou pessoal aos países envolvidos no conflito.
Recentemente, Lula recebeu em Brasília o chanceler alemão, Olaf Scholz. O presidente do país europeu, Frank-Walter Steinmeier, também esteve na capital reunido com autoridades do governo federal no início de janeiro.
Em ambas as agendas, questões relacionadas a Defesa estiveram em pauta. Em uma das ocasiões, Lula chegou a afirmar que “o Brasil não tem interesse em enviar munições para que sejam usadas na guerra entre Ucrânia e Rússia”.