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Mundo Mais de 50 pessoas morreram em naufrágio de barco com imigrantes na Itália

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Mais de 100 pessoas estavam a bordo do navio. (Foto: Reprodução/Twitter)

Pelo menos 59 pessoas morreram após o naufrágio de um barco com imigrantes na costa leste da região da Calábria, na Itália, neste no domingo (26). Entre as vítimas, 12 crianças já foram encontradas. De acordo com agências internacionais, mais de 100 pessoas estavam a bordo do navio.

Os corpos resgatados foram encontrados boiando na água ou nas areias da praia de Cutro e, entre as vítimas, há mulheres e crianças. Segundo as autoridades, 46 foram localizados na área conhecida como Steccato, na praia da cidade, local do incidente.

A embarcação, que transportava imigrantes do Irã, Paquistão e Afeganistão, bateu contra rochas em um mar agitado, afirmou a agência de notícias Adnkronos. Informações da polícia e da guarda costeira italiana dizem que ao menos 81 pessoas sobreviveram ao naufrágio, e 20 foram encaminhadas ao hospital, com uma em estado grave.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que sente uma “profunda dor por tantas vidas humanas abreviadas por traficantes de pessoas”.

Com um governo que voltou a pressionar as ONGs humanitárias que atuam no resgate de pessoas em embarcações clandestinas e que está pressionando a União Europeia a agir mais efetivamente sobre o tema, Meloni ainda disse que “não é hora de especular sobre essas mortes”.

“O governo está comprometido a impedir as partidas e com isso a chance de tragédias como essa, e continuará a fazer isso, também exigindo o máximo de colaboração dos Estados de partida e proveniência”, acrescentou Meloni.

A Itália é um dos principais pontos de desembarque de migrantes que tentam entrar na Europa por via marítima. Mas a rota do Mediterrâneo central é uma das mais perigosas do mundo.

Mortes

De acordo com o Projeto de Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações, 20.333 pessoas morreram ou desapareceram no Mediterrâneo central desde 2014.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) criticou a falta de ação para socorrer as pessoas no mar.

“No Mediterrâneo, continua-se morrer de maneira incessante em um desolador vácuo na capacidade de socorro. A poucas dezenas de quilômetros das costas italianas, quando a meta está perante os olhos, naufragou o futuro de dezenas de pessoas que buscavam uma vida mais segura na Europa. É humanamente inaceitável e incompreensível porque estamos aqui assistindo tragédias evitáveis. É um soco no estômago”, disse um dos representantes da MSF, Sergio Di Dato.

Conforme o porta-voz da Unicef Itália, Andrea Iacomini, “são mais de 25,8 mil mortos e desaparecidos desde 2014 ao longo da rota do Mediterrâneo Central, sendo 120 só em 2023 – incluindo muitas crianças”. “Mas esse número é subestimado porque considera só os casos denunciados ou os corpos encontrados”, pontua ainda.

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