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Esporte Esportes virtuais estarão na Olimpíada a partir de 2028

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Com o cronograma de Paris 2024 já pronto, a entrada ficaria para Los Angeles 2028, com preferência para as modalidades que estimulem a prática física

Foto: Divulgação
Com o cronograma de Paris 2024 já pronto, a entrada ficaria para Los Angeles 2028, com preferência para as modalidades que estimulem a prática física. (Foto: Divulgação)

Palco para discussões há anos, os eSports estão mais próximos de entrarem no ciclo olímpico do que nunca. O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quarta-feira (1°) o programa e a série de esportes eletrônicos olímpicos em 2023, com nove modalidades. Segundo o próprio COI, essa é uma oportunidade de “expandir os valores olímpicos entre os mais jovens” e incluir os eSports no programa dos Jogos. Com o cronograma de Paris-2024 já pronto, a entrada ficaria para Los Angeles-2028, com preferência para as modalidades que estimulem a prática física.

Em apresentação reservada a poucos jornalistas na última semana, Kit McConnell, diretor de eSports, e Vincent Pereira, head de esportes virtuais e games do COI, apresentaram o eSports Olímpicos Séries 2023. Com início este mês, o programa contará com a 1.ª Semana Olímpica de eSports em Cingapura na metade do ano como palco para as finais, entre 22 e 25 de junho. É a primeira oportunidade, em escala mundial, de incluir os games em uma realidade olímpica.

Com o apoio do Ministério da Cultura, Comunidade e Juventude, Esportes de Cingapura e do Comitê Olímpico de Cingapura, o COI achou no Sudeste Asiático a possibilidade de iniciar o crescimento dos eSports nos Jogos Olímpicos.

Esporte eletrônico

Segundo o COI, mais de 350 milhões de pessoas no mundo consomem ou praticam algum esporte eletrônico. Em 2021, quando foi realizado a última série dos eSports olímpicos, mais de 250 mil atletas competiram, com números impulsionados pela pandemia da covid19 e os lockdowns impostos ao redor do mundo. Esportes virtuais, como o ciclismo, se tornaram possibilidades para os atletas manterem o preparo físico durante o isolamento.

Neste início de programa do COI, serão nove modalidades de eSports: ciclismo, beisebol, dança, caratê, xadrez, automobilismo, vela, tênis e arco e flecha. Têm em comum a parceria com federações internacionais e as desenvolvedoras dos jogos – Ubisoft, com o JustDance, é um exemplo. “Desenvolver o interesse e o crescimento dos eSports é um dos pilares da nossa agenda olímpica, de 2020 adiante”, explica Pereira.

Em um possível ingresso nas olimpíadas, o COI ainda prioriza eSports que incentivem a atividade física. Jogos tradicionais, como FIFA, League of Legends e CS:GO, podem participar no futuro, mas algumas mudanças seriam necessárias. Em especial, a existência de uma federação internacional

“O caminho para a inclusão na Olimpíada das modalidades está aberto, mas somente para as que estimulem a prática física” Kit McConnell

Diretor de eSports do COI

que comande a modalidade. “As portas estão abertas a todas as modalidades, desde que reflitam os valores olímpicos e tenham uma federação internacional. O COI está pronto para novas parcerias”, garante Pereira ao Estadão.

Com o cronograma para os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, já definido, os eSports podem aparecer a partir de 2028, em Los Angeles. “O caminho para a inclusão das modalidades na Olimpíada está aberto, mas somente para aquelas modalidades que estimulem a prática física”, ressalta o diretor de eSports do COI. Das nove modalidades, apenas o xadrez – que não é considerado esporte olímpico em sua versão original – não estimula a prática física.

Jovens como alvo

Além de valores olímpicos, os eSports são uma oportunidade de expandir os Jogos para uma nova geração. Ao longo dos últimos anos, a Olimpíada perdeu audiência na televisão e no streaming. Em 2012, 3,6 bilhões de pessoas acompanharam os Jogos de Londres; em 2021, este número caiu para pouco mais de 3 bilhões em Tóquio.

David Lappartient, presidente do Grupo de eSports do COI, diz que o movimento olímpico é uma chance de unir o mundo – e os esportes virtuais se enquadram nessa esfera. “Estamos ansiosos para testemunhar algumas das melhores competições do mundo, assim como explorar juntos oportunidades e lições compartilhadas em saúde, bem-estar, treinamento e inovação.”

Igor Fraga é um dos milhares de atletas de eSports. Aos 22 anos, foi um dos finalistas da série de Gran Turismo em 2021, promovida pelo COI, e competiu na Fórmula 3. Com experiência no “real e no virtual”, o piloto se mostra satisfeito com a atenção que o COI começa a dar aos eSports.

“Entre o real e o virtual, a única diferença é a questão física, porque o atleta de eSports tem o mesmo preparo mental e a dedicação que um piloto, sem contar a pressão”, diz. “Ser tratado como um atleta olímpico trará mais peso para a nossa profissão”, acrescenta Fraga, que irá competir na série de eSports do COI.

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