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Política Bolsonaro define seu advogado para o caso das joias

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A compra, segundo o advogado, foi feita em espécie, com dinheiro dele e foi declarada à Receita Federal. (Foto: Reprodução de TV)

Jair Bolsonaro definiu Frederick Wassef como seu advogado no inquérito que investiga as joias apreendidas pela Receita Federal destinadas a ele e sua esposa, Michelle Bolsonaro.

As peças de diamantes, avaliadas em R$ 16,5 milhões, foram enviadas pelo regime da Arábia Saudita por meio da comitiva do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.

Wassef já defende o ex-presidente em diversas ações. Na noite de terça-feira (7), o advogado divulgou uma nota na qual confirmou que Jair Bolsonaro recebeu um segundo pacote enviado pelo regime saudita com relógio e abotoaduras. Wassef alega que Jair Bolsonaro agiu “dentro da lei” e “declarou oficialmente os bens de caráter personalíssimo recebidos em viagens”.

O PL buscava um advogado para defesa de Bolsonaro no caso das joias, já que há a expectativa de que o ex-presidente seja convocado para depor no inquérito.

Acervo

No fim de sua gestão como presidente, Jair Bolsonaro recebeu sugestões para criar um instituto com o seu nome. A proposta incluía a ideia de que o espaço exibisse itens de seu acervo pessoal, com os presentes que recebeu como chefe do Executivo.

É neste acervo pessoal que está o segundo pacote com relógio e outros itens enviados a Bolsonaro pelo regime da Arábia Saudita. Como informou a coluna, os presentes que o ex-presidente ganhou estão em um galpão alugado por Bolsonaro no Brasil que guarda esse acervo pessoal. Segundo assessores o espaço tem 9 mil objetos.

Auxiliares do ex-presidente que acompanharam as conversas sobre o instituto afirmaram que ele sempre rechaçou a ideia. A justificativa era a de que a iniciativa poderia abrir brecha para “usarem seu nome”.

O fato é que hoje os presentes recebidos por Bolsonaro, inclusive o kit enviado pelo regime Saudita, seguem guardados em um espaço acessível apenas a ele e seus assessores de sua confiança.

Galpão

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid, disse a interlocutores que o segundo pacote com o qual o ex-presidente foi presenteado pelo regime saudita está no galpão que guarda seu acervo pessoal, no Brasil. O militar afirmou a esses interlocutores não saber exatamente onde o fica este espaço.

Em relato a pessoas próximas, Cid afirmou que o pacote com relógio, abotoaduras e outros itens enviados pela Arábia Saudita e que não foram retidos pela Receita foram catalogados e guardados nesse galpão.

O espaço foi alugado para receber os itens e presentes que Bolsonaro recebeu quando ocupava o Palácio do Planalto e que ficaram com ele após deixar o cargo. Cid disse a aliados que, se o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar uma vistoria no local, encontrará os itens enviados pelo regime saudita.

O ex-presidente recebeu pessoalmente o segundo pacote trazido da Arábia Saudita ao Brasil pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. A informação consta em um formulário do gabinete de Documentação Histórica do Palácio do Planalto, que registrou o recebimento do presente, em novembro de 2022.

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