Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de março de 2023
Ministro da Justiça e da Segurança Pública comentou nesta quarta-feira (22) sobre operação da Polícia Federal
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência BrasilO ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), disse, nesta quarta-feira (22), que protegeram a vida do ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil), adversário político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro se refere à operação da Polícia Federal que prendeu, até o momento, nove suspeitos de participar de uma organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro.
A reportagem apurou que o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Operação Lava-Jato e ex-ministro da Justiça, era um dos alvos do grupo criminoso. Quando ministro da Justiça, ele foi o responsável pela transferência para penitenciárias federais de líderes da facção criminosa.
O ministrou negou qualquer relação entre a fala de Lula, nessa terça-feira (21), em que revelou o desejo de se vingar de Moro na prisão, e a operação da Polícia Federal, nesta quarta-feira, para desarticular uma organização criminosa que pretendia realizar ataques contra autoridades, inclusive o ex-magistrado.
“Evidentemente é impossível vincular um fato ao outro, porque nós estamos falando de horas, em relação ao inquérito policial que foi instaurado há semanas, e fatos que se reportam há meses”, disse o ministro.
“Como disse, há pessoas irresponsáveis que para tentar escapar das suas próprias responsabilidades tentam infelizmente levar o debate político brasileiro para o nível da lama. E nós não aceitamos isso. Porque o que o presidente Lula fez, faz e fará, o que eu faço e farei é crítica técnica e política a esse senhor que foi magistrado e que hoje é senador, como ele faz a nós também”, acrescentou.
“Mas o que nós fizemos foi, cumprindo a lei, proteger a vida do nosso adversário”, disse em referência a Moro.
“É importante ter isso claro. Se nós não tivéssemos agido, aí sim poderia haver alguma ilação. Mas a Polícia Federal agiu de modo exemplar, e faço questão de assinalar que foi uma decisão da Polícia Federal atuar de modo exemplar”, finalizou.