Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 23 de março de 2023
O Banco Central da Suíça elevou sua taxa básica em 0,5 ponto percentual.
Foto: ReproduçãoApós a decisão de quarta-feira (22) do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), de subir a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual, autoridades monetárias da Europa seguiram o mesmo caminho nesta quinta-feira (23).
O Fed subiu menos os juros do que nos seus últimos encontros e informou que chegou a cogitar pausar a alta na taxa, devido à crise que afeta os bancos regionais americanos. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve nesta quarta-feira a taxa básica Selic inalterada em 13,75% ao ano e endureceu o tom de seu comunicado, informando que poderia voltar a subir a taxa caso as expectativas de inflação não melhorem.
Suíça e Noruega
O Banco Central da Suíça, país que precisou ir ao socorro do Credit Suisse nesta semana em meio a uma crise que levou turbulências ao mercado, elevou sua taxa básica em 0,5 ponto percentual, para 1,5% ao ano.
Na Noruega, os juros foram elevados em 0,25 ponto percentual, para 3%. Em ambos os casos, as autoridades monetárias citaram a necessidade de conter a alta da inflação.
Os investidores estarão atentos agora à decisão do Bank of England (BoE), o BC inglês, que também decide sobre sua taxa de juros nesta quinta-feira. A estimativa dos analistas é que BoE eleve os juros em 0,25 ponto percentual, após a inflação ter subido para 10,4% ao ano no país.
Até semana passada, muitos previam que os juros seriam mantidos no atual patamar de 4% ao ano.
Preocupante
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na quarta-feira que considera “preocupante” o comunicado do Conselho de Política Monetária (Copom) que manteve a taxa de juros básica da economia, a Selic, em 13,75%.
Haddad argumentou que relatório divulgado pelo governo mais cedo apontou aumento nas receitas e diminuição no déficit para o ano. Na visão do ministro, esse seria mais um motivo para o Banco Central flexibilizar a taxa de juros.
“Eu considerei o comunicado preocupante, muito preocupante, porque hoje divulgamos relatório bimestral mostrando que nossas projeções de janeiro estão se confirmando sobre as contas públicas”, afirmou o ministro da saída do ministério.
“Em momento em que economia está retraindo e que o crédito está com problema, o Copom chega a sinalizar até a possibilidade de uma subida da taxa de juros […] Lemos com muita atenção, mas achamos que realmente o comunicado preocupa bastante”, continuou o ministro.