Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de março de 2023
Contribuição sindical passou a ser opcional no país após a reforma trabalhista de 2017
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilMais da metade dos 513 deputados federais eleitos que tomaram posse em 2023 se dizem contrários ao retorno da cobrança de um tributo nos salários para financiar sindicatos, mostra um levantamento realizado pelo g1.
No total, 62 deputados (12%) disseram ser favoráveis ao retorno do tributo em salários para financiar sindicatos, enquanto 258 (50%) se disseram contrários. Outros 12 (2%) não responderam à pesquisa, e 181 (35%) não responderam ao questionário.
Tributo para financiar sindicatos
A contribuição sindical passou a ser opcional no país após a reforma trabalhista de 2017. Até então, o pagamento de um dia de trabalho no ano era obrigatório para todos os trabalhadores formais e vinha descontado na folha de pagamento.
O valor era destinado às centrais sindicais que representam a categoria e coparticipantes, e muitas delas alegaram dificuldades de financiamento das atividades com a mudança. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou pedidos para tornar novamente obrigatório o pagamento do imposto.
Após eleito, o presidente Lula se reuniu com centrais sindicais no final de 2022 para discutir alternativas ao imposto para o financiamento das entidades.
Metodologia
Entre os dias 1º de dezembro e 24 de março, o g1 aplicou aos deputados um questionário sobre 18 temas que deverão constar da pauta de debates legislativos.
Todos os 513 deputados foram contatados – 332 (65%) responderam e 181 (35%) não responderam ou prometeram enviar as respostas, mas não o fizeram.
Parte dos deputados respondeu pessoalmente ou por telefone e outra parte por e-mail, aplicativos de mensagens ou por intermédio das assessorias. Todos foram informados de que a divulgação das respostas não será feita de forma individualizada.