Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de março de 2023
Anunciada para essa quarta-feira (29), a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto foi barrada pelos médicos para que o petista possa ter a sua recuperação plena da pneumonia e da infecção por Influenza A, que o levaram a cancelar a viagem à China nesta semana. A expectativa de assessores é que o presidente volte ao Planalto nesta quinta (30).
Por enquanto, Lula tem despachado de uma sala do Alvorada mantida com os vidros abertos para melhorar a ventilação. Ele não usa máscara nas reuniões, mas fica distante dos interlocutores. Na manhã dessa quarta, o presidente recebeu os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Esther Dweck (Gestão) e Ana Moser (Esporte). À tarde, Lula se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar da nova âncora fiscal.
“Ele está ótimo. O presidente está muito bem de saúde. Queria hoje voltar para o Palácio do Planalto, a gente que vetou. Recebeu um veto ministerial e médico da minha parte ontem e da equipe médica que o acompanha, a doutora Ana (Helena Germoglio) e o doutor (Roberto) Kalil”, disse Padilha, que é médico.
Lula foi diagnosticado na quinta da semana passada. No Alvorada, ainda nas palavras do ministro, o presidente pode ficar mais reservado, em contato com menos pessoas.
“Aqui no Alvorada ele consegue se reabilitar melhor”, afirmou Padilha.
China
O presidente Lula comunicou, durante reunião no Palácio da Alvorada na última terça (28), que remarcou a viagem à China para 11 de abril e fez um novo convite ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para integrar a comitiva.
O encontro durou cerca de 2h30 e, além de Pacheco, também participaram o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), e os líderes do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede), e no Senado, Jaques Wagner (PT).
O presidente Lula cancelou viagem à China por conta de um quadro de pneumonia. Ele decidiu ficar no Brasil para terminar o tratamento da doença.
A reunião de terça foi para discutir o impasse sobre as tramitações das medidas provisórias no Congresso Nacional.
Senado e Câmara vêm se desentendendo sobre o rito das MPs. Pela lei, uma medida provisória enviada pelo governo ao Congresso deve começar a ser analisada por uma comissão mista, formada por deputados e senadores.
Na fase aguda da pandemia, por causa das restrições de mobilidade e convivência, o rito mudou. As MPs começaram a tramitar pela Câmara. O Senado reclama de ter se tornado um mero carimbador do que foi decidido pelos deputados. Agora, o Senado quer voltar ao rito definido por lei. A Câmara resiste. Ao governo, não interessa o impasse no Congresso.