Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 12 de abril de 2023
A idade também é um quesito importante: “quanto mais velho, mais chance de desenvolver a doença”.
Foto: ReproduçãoA doença de Parkinson é caracterizada pela lentidão do movimento, segundo explicou a presidente da Associação Brasil Parkinson e fisioterapeuta especialista na condição Érica Tardelli. A médica explicou que o Parkinson não é a doença do tremor, já que “20% dos diagnosticados não tremem.”
A doença associa um sintoma de lentidão de movimento, que pode ser tremor, rigidez e perda de equilíbrio. “O Parkinson causa perda de células nervosas numa região do cérebro que produz a dopamina, que auxilia no controle do movimento, como falar e andar.”
No entanto, Érica fez a ressalva de que a doença “não é só motora”, mas, sim, combina sintomas motores e não-motores.
Os motores se manifestam, por exemplo, com uma dificuldade para abotoar um botão, calçar sapato, limitação do movimento do braço durante a caminhada, ou arrastar o pé.
Já os não-motores são perda do olfato, do sono, depressão, fadiga e micrografia (quando a letra fica pequena).
A especialista destacou que o Parkinson pode atingir qualquer pessoa. “Apenas 5% dos casos têm origem genética, a maioria deles não tem causa definida.”
De acordo com ela, há fatores ambientais para o desenvolvimento da condição relacionadas a solventes industriais, pesticidas e até mesmo poluição do ar.
A idade também é um quesito importante: “quanto mais velho, mais chance de desenvolver a doença”.
Mesmo assim, qualquer pessoa pode ter a doença, que é diagnosticada por um neurologista especializado em distúrbios do movimento, com exame clínico apurado.
Tratamento
O tratamento da doença de Parkinson passa por um acompanhamento multidisciplinar. “O SUS oferece grande parte das medicações gratuitamente, mas as psicoterapias, por exemplo, deixam a desejar.”
“No Brasil, temos o melhor tratamento e profissionais mais capacitados do mundo, mas infelizmente não há acesso para todas as pessoas”, completou.
Molécula
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) fizeram um importante avanço no campo da farmacêutica ao criar a primeira versão sintética de uma molécula, a partir da esponja do mar, capaz de tratar a doença de Parkinson e distúrbios semelhantes.
Conhecida como ácido lissodendórico A, a substância é capaz de neutralizar moléculas que danificam o DNA, RNA e proteínas. Com a abundância da quantidade de esponjas do mar, os laboratórios conseguirão desenvolver medicamentos muitos mais rápidos e em larga escala.