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Por Redação O Sul | 18 de abril de 2023
O musical “O Fantasma da Ópera” encerrou um recorde de 35 anos na Broadway neste domingo (16). Na última sessão, membros do elenco, com lágrimas nos olhos, fizeram uma reverência final ao lado de suas estrelas originais.
Situado no século 19, o musical conta a história da aspirante a cantora de ópera Christine Daaé, que é ensinada pelo misterioso Fantasma a aprimorar suas habilidades vocais. A trama segue por rumos mais sombrios quando o Fantasma escolhe Christine como musa, e a cantora se apaixona por Raoul, amigo de infância da moça e novo patrono do teatro.
A montagem na Broadway teve quase 14 mil apresentações desde a sua estreia em 1988, e ganhou mais de 70 prêmios.
Integrantes
O compositor Andrew Lloyd Webber dedicou esta última apresentação da Broadway a seu filho Nicholas, que morreu de câncer gástrico no mês passado.
“Nos últimos meses eu não acho… nenhum de nós pensou que ‘O Fantasma’ iria sair com o estrondo que tem. E então talvez possa voltar, nunca se sabe”, disse Lloyd Webber, a uma plateia lotada.
“Não poderia ter saído com um desempenho melhor.”
Sua produção, cuja data de encerramento foi marcada no ano passado após uma forte queda nas vendas de ingressos, é baseada em um romance de Gaston Leroux.
Foi originalmente dirigido por Harold Prince e grandes nomes da Broadway, incluindo Michael Crawford, que foi o primeiro a interpretar o Fantasma, Sarah Brightman e Judy Kaye, nos papéis principais.
Brightman, que se juntou ao elenco no palco no domingo, descreveu a produção como “uma obra muito especial”.
“Estando lá desde o início, foi escrito com muito amor, paixão e compreensão da alma humana, na verdade. Então, acho que é por isso que as pessoas estão tão conectadas a ele”, disse ela à Reuters no tapete vermelho.
“Acho que as pessoas vão sentir tanta falta disso que… vai reabrir em algum momento. Esse é o meu instinto sobre isso.”
Cinema
A história foi inúmeras vezes transposta para a telas de cinema. A primeira versão, de 1925, possui 93 minutos e é um filme mudo preto e branco, com trechos em Technicolor de duas cores, realizado pelos estúdios da Universal, com Lon Chaney no papel do Fantasma.
Seguiram-se outras versões igualmente populares, incluindo de 1943, dirigida por Arthur Lubin, com Claude Rains no papel-título. Em 1962, o estúdio inglês Hammer produziu a sua versão, numa adaptação com enfoque mais humano e trágico do personagem. Destaque também para a versão ópera rock de 1974, dirigida por Brian De Palma e estrelada por Paul Williams, intitulada como “Phantom of the Paradise”, entre várias outras.
Em 2004, foi novamente encenado para o cinema, adaptação do musical de Andrew Lloyd Webber dirigido pelo renomado diretor Joel Schumacher, com Gerard Butler na pele do Fantasma, Emmy Rossum como Christine e Patrick Wilson Raoul, fechando o triângulo amoroso. Essa versão foi indicada ao Oscar em três categorias. O filme custou 96 milhões de dólares, sendo o mais caro filme independente já feito. Depois de pronto, a Universal comprou os direitos autorais dessa versão.
Em 2011, foi lançado nos cinemas por período limitado e posteriormente em DVD “O Fantasma da Ópera no Royal Albert Hall”, comemoração do aniversário de 25 anos do musical de Webber. Foi estrelado por Ramin Karimloo como Fantasma e Sierra Boggess com Christine.