Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 18 de abril de 2023
A polícia do Missouri investiga o caso de um jovem negro baleado na cabeça após tocar uma campainha errada na cidade de Kansas City. O adolescente de 16 anos saiu para buscar os irmãos mais novos na casa de um amigo, confundiu os imóveis e foi alvejado.
Segundo as investigações, o crime, que aconteceu há quase uma semana pode ter tido motivação racial. As autoridades não confirmaram o número de vezes que o proprietário do imóvel atirou na vítima ou onde exatamente ele foi ferido, além da cabeça. Segundo a polícia, seu estado de saúde é estável, mas há risco de morte.
A polícia não identificou o atirador. No entanto, o advogado Ben Crump afirmou ao The Star que parece ser um homem branco. O jovem deveria pegar seus irmãos na casa de um amigo no Terraço 115. Ele acabou tocando a campainha de uma casa na 115th Street, Faith Spoonmore.
Segundo o canal CBS, o homem abriu a porta, viu o adolescente e atirou em sua cabeça. Quando ele caiu no chão, o homem atirou nele novamente. O jovem, então, se levantou e saiu correndo da propriedade, mas teve que pedir ajuda em três casas diferentes até que alguém o ajudasse. Os policiais de Kansas City disseram ter respondido a um chamado por volta das 22h.
O suspeito foi detido por 24 horas e liberado em seguida, enquanto aguarda novas etapas da investigação. No Missouri, uma pessoa pode ficar detida até 24 horas para uma investigação criminal. A partir de então, precisa ser liberada ou presa e formalmente acusada. Para prender, no entanto, a polícia precisaria de uma declaração formal da vítima, provas forenses e outras informações para que um arquivo do caso seja concluído. O jovem, devido aos ferimentos, ainda não pôde prestar depoimento.
O prefeito Quinton Lucas disse em entrevista coletiva que a polícia entende a preocupação da comunidade de que os tiros tenham tido motivação racial. Alguns membros do departamento de polícia chegaram a comparecer ao protesto que aconteceu neste domingo, no bairro da ocorrência com o adolescente.
“Isso não é algo que foi descartado, marginalizado ou diminuído de forma alguma. Isso é algo que está recebendo toda a atenção do Departamento de Polícia de Kansas City”, disse Lucas sobre o possível viés racial do ataque.