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Por Redação O Sul | 23 de abril de 2023
A chegada de Cuca no Corinthians causou polêmica nas redes sociais no final da tarde da última quinta-feira. Muitos torcedores do clube paulista se posicionaram contra a contratação de Cuca por conta de uma de acusação por violência sexual em 1987, em Berna, na Suíça.
Em 1987, quando Cuca atuava pelo Grêmio, ele e outros três jogadores do time gaúcho: Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges, foram acusados por uma garota de 13 anos de estupro coletivo.
A acusação se transformou em condenação em 1989, mas não por terem supostamente estuprado a jovem e, sim, porque ela tinha apenas 13 anos, sendo uma violência sexual contra pessoa vulnerável. Cuca e os demais jogadores do Grêmio foram condenados a 15 meses de prisão, porém, ele nunca cumpriu a pena, pois o Brasil não extradita seus cidadãos. Saiba quem eram os outros três jogadores que estavam com Cuca.
– Eduardo Hamester: Apelidado de “Chico”, atuava como goleiro e foi campeão mundial sub-20 em 1985 com a Seleção Brasileira. Cria das divisões do Grêmio, ele foi tricampeão gaúcho entre 85 e 87 rodou por clubes como Bahia, Chapecoense e Ceará. Encerrou a carreira em 2000, no Esportivo-RS.
– Henrique Etges: Conhecido apenas como Henrique, jogava na posição de zagueiro e também foi campeão mundial sub-20 em 1985. Também revelado pelo Grêmio, ele foi tetracampeão gaúcho entre 85 e 88. Após passagem pelo Imortal, atuou boa parte da carreira no Corinthians. Pelo Alvinegro paulista foi campeão do Paulistão em duas oportunidades e venceu também uma Copa do Brasil.
– Fernando Castoldi: Chamado de “Fernando Gaúcho”, foi revelado pelo 14 de Julho de Passo Fundo-RS. Pelo Grêmio, foi tricampeão gaúcho entre os anos de 85 e 87. Ele teve passagens por outros clubes do Sul do Brasil, como Juventude, Blumenau-SC, Chapecoense, Figueirense e Brasil de Farroupilha-RS.
Crime prescrito
Em 2004, o crime prescreveu – ou seja, por falta de maneiras de prender o acusado e por ultrapassar o limite de tempo, o processo caduca. A mancha na carreira do ex-atleta acabou sendo reacendida em 2020, quando o Santos contratou o atacante Robinho – condenado por estupro em segunda instância, na Itália.
De acordo com dados da época, a investigação policial aponta que a jovem de 13 anos foi até o hotel dos jogadores do Grêmio para pedir camisa e autógrafos da equipe. No quarto 204, dois rapazes que estavam com ela teriam sido expulsos pelos jogadores e lá teria ocorrido o crime sexual.
O caso ficou conhecido como “O escândalo de Berna”. O Grêmio seguiu a tour que fazia pelo continente enquanto os atletas estavam detidos por cerca de um mês. Após o Imortal terminar a excursão com cinco vitórias e quatro empates, Felipão, na época, apontou apenas um “agito emocional”. As informações são do site Lance.