Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de abril de 2023
Ao receber o prêmio, Chico Buarque declarou que “valeu a pena” a espera
Foto: Reprodução/InstagramDurante a cerimônia de entrega do Prêmio Camões nesta segunda-feira (24), em Portugal, ao cantor e escritor brasileiro Chico Buarque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que era “uma satisfação corrigir um dos maiores erros e absurdos cometidos contra a cultura brasileira de todos os tempos”.
Chico Buarque foi escolhido para receber o prêmio em maio de 2019, no entanto, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) não assinou o diploma da premiação.
“Esse prêmio deveria ter sido entregue em 2019 e não foi. Todos nós sabemos por quê. O ataque à cultura em todas as suas formas foi parte importante do projeto que a extrema-direita tentou implementar no Brasil. Se hoje estamos aqui é porque finalmente a democracia venceu no Brasil”, disse Lula em seu discurso.
Ao receber o prêmio, Chico Buarque declarou que “valeu a pena” a espera. Em outubro de 2019, ele publicou em suas redes sociais que “a não assinatura de Bolsonaro no diploma é para mim um segundo prêmio Camões”. Na cerimônia desta segunda-feira, o cantor voltou a agradecer ao ex-presidente por não ter assinado seu diploma no ano em que ele foi premiado para “deixar espaço” para a assinatura de Lula.
“Lá se vão quatro anos que meu prêmio foi anunciado, eu já me perguntava se me haviam esquecido ou quem sabe se prêmios também são perecíveis”, brincou Chico Buarque em seu discurso. “Recebo este prêmio menos como uma honraria pessoal e mais como um desagravo a tantos autores e artistas brasileiros humilhados e ofendidos nesses últimos anos.”