Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2023
Departamento da Mulher da Socergs ressalta importância de pesquisas na área
Foto: Reprodução/FreepickDesde maio de 2021, dia 14 de maio foi instituído como o Dia Nacional das Doenças Cardiovasculares. O motivo é o avanço dos problemas cardíacos em mulheres e a falta de pesquisas com esse público.
“É preciso incluir mais as mulheres nestas investigações das doenças cardíacas. Tradicionalmente, essas pesquisas são feitas mais com os homens”, diz a presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul – Socergs, Lígia Mambrini Só e Silva.
As doenças cardiovasculares são as doenças que mais matam no mundo, inclusive, no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 14 milhões de brasileiros apresentam alguma doença cardiovascular (DCV) e aproximadamente 400 mil morrem por ano – o que corresponde a cerca de 30% de todas as mortes. Embora os números sejam parecidos entre os sexos, e as causas também, como a hipertensão, diabetes, obesidade e outros, as mulheres passam por fatores de riscos extras.
Lígia lembra que as mulheres são reconhecidas por cuidarem mais da saúde, contudo, ela faz uma ressalva: “As mulheres cuidam mais da sua saúde ginecológica. Mas, devem saber que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres, superando a soma de todos os tipos de cânceres juntos”, ressalta.
Ela comenta ainda que nas mulheres as doenças cardíacas vão aparecer mais tarde do que nos homens, normalmente, dez anos após a menopausa. “Até a menopausa a mulher conta com o estrogênio, um hormônio que contribui para a proteção do coração”, explica.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, 8,5 milhões de mulheres morrem por problemas cardíacos em todo o mundo, ou seja, uma média de 23 mil mortes diárias, o que corresponde a 1/3 do total de óbitos.