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Política Nomeado pelo PT, ex-deputado federal propôs secretaria para “desesquerdização”

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O ex-deputado federal Heitor Freire foi nomeado para uma diretoria da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). (Foto: Wesley Amaral/Câmara dos Deputados)

O ex-deputado federal Heitor Freire (CE) foi nomeado na quinta-feira (11) para uma diretoria da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Filiado ao União Brasil, Freire é filiado ao União Brasil, partido da base do governo e que vem experimentando atritos com o Planalto.

Como diretor de Gestão de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Freire receberá um salário de R$ 14.849,50 mensais. O diretor se declara antipetista convicto, chegou a propor no primeiro ano do governo Bolsonaro uma secretaria especial para “Deserquedização”, e tinha um papel de parede na entrada do seu gabinete com a hashtag #ustravive.

Freire foi eleito deputado federal em 2018 pelo PSL, partido que abrigava o ex-presidente à época e o elegeu ao cargo. Em março de 2019, o deputado apresentou um requerimento na Câmara pedindo a criação da secretaria, e se colocou à disposição para “assumir tal empreitada”.

Nas redes sociais, Freire se apresentava como seguidor de Olavo de Carvalho, espécie de guru do bolsonarismo morto em 2022. O ex-deputado despediu-se do “querido mestre” com uma postagem emocionada, que trazia ainda duas fotos dele ao lado do ideólogo. “Muito obrigado por dividir conosco a sua sabedoria. Tive o prazer de ser seu aluno”, escreveu na ocasião.

Ele também defendeu durante uma audiência na Comissão de Educação da Câmara, que o livro “A verdade sufocada”, do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, fosse incluído como material de apoio para estudantes de escolas brasileiras.

Ustra foi chefe do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna) e o primeiro militar reconhecido pelo Judiciário como torturador. A declaração causou revolta em alguns dos presentes que acompanhavam a sessão.

O novo integrante dos quadros da Sudene era um crítico frequente do PT, em especial de Dilma Rousseff. Freire chegou, inclusive, a compartilhar memes de cunho machista contra a ex-presidente em meio ao processo de impeachment, sacramentado em 2016.

Durante o mandato, o ex-parlamentar defendeu até mesmo a “extinção de PT”, como constava em publicações feitas no perfil oficial. “Nosso processo para acabar de vez com o PT segue firme na Procuradoria Eleitoral”, diz o texto postado há cerca de dois anos.

“Reunimos provas de que esse partido criminoso usou nosso dinheiro em benefício próprio”, continuava a mensagem.

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