Segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Por Flavio Pereira | 15 de maio de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Exatamente no momento em que o governo tenta buscar mais apoio no Congresso, a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e de ministros do governo na feira nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) causou descontentamento na bancada ruralista da Câmara dos Deputados. O governo poderá ter a oposição da bancada ruralista, depois que a presença de Alckmin em evento do MST reforçou a imagem de envolvimento do governo com as invasões de terras ocorridas no País, durante o chamado “Abril Vermelho”. O vice-presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio na Câmara, deputado Evair de Melo (PP-ES), admite que o bloco poderá romper as relações com o governo. A bancada ruralista conta com 300 deputados federais e 47 senadores.
PP decide que não terá candidato em Porto Alegre, para apoiar reeleição de Sebastião Melo
O PP de Porto Alegre decidiu na convenção realizada sábado (13), que o partido não vai lançar candidato a prefeito na capital gaúcha. É o primeiro partido da atual base do governo a anunciar apoio à reeleição do prefeito Sebastião Melo (MDB). Usando chapéus de palha na cabeça e camisetas com a frase “andar com Melo eu vou, que o Melo não costuma falhar”, o senador Luis Carlos Heinze, deputados e vereadores do PP saudaram o prefeito. Na convenção, o PP reelegeu o presidente Vitor Alcântara, o Vitinho, para novo mandato de três anos. Seus vices serão Ronaldo Napoleão, Matheus Ayres e André Machado. O prefeito Sebastião Melo afirmou que ainda não definiu a candidatura à reeleição, mas garantiu que a manifestação do PP é importante para uma futura definição.
Brasil atrás da Argentina e África do Sul no ranking de liberdade na internet
Atrás de países como Argentina, Honduras, e África do Sul, entre outros com maior liberdade, o Brasil foi colocado no nível 6 da lista global que classifica o nível de liberdade vigente no país. Os países mais abertos estão no nível 1 e os mais fechados, no 10, e o Brasil aparece no nível 6, que considera a liberdade de expressão “limitada”. O Brasil está classificado como tendo uma liberdade de expressão “Limitada”. A primeira posição é designada como “Aberta” e, a última, “Fechada”. A constrangedora posição do Brasil é atribuída a perseguição política contra conservadores e às recentes decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A análise, um projeto piloto que usa técnicas de machine learning (análise de dados) para mapear o cenário da liberdade de expressão em 174 países é feita a partir da perspectiva acadêmica, digital e de mídia/imprensa. Segundo esta análise, o Brasil hoje, na classificação de liberdade na Internet, está ao lado de México, Bolívia, Níger, Gabão, Burkina Faso, Togo, Sérvia, Bósnia-Herzegovina, Nepal e Malásia.
Lula irrita União Brasil ao ridicularizar ACM Neto em Salvador
Lula cometeu mais uma gafe em Salvador, ao chamar publicamente de “grampinho” o secretário-geral do União Brasil, ACM Neto. No UB, a brincadeira foi considerada de mau gosto, e aumentou o descontentamento que se reflete na bancada na Câmara dos Deputados. Foi no evento de lançamento das plenárias estaduais do Plano Plurianual Participativo, realizada na Arena Fonte Nova.
Quarentena não vale para Ricardo Lewandowski?
Alguns fatos explicam porque a credibilidade da Suprema Corte se deteriora a cada dia, em especial pela falta de compostura de muitos dos seus membros. Vejam o que se comenta em Brasília desde o último sábado.
O Grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, contratou o ex-ministro Ricardo Lewandowski, recém-aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), para escrever dois pareceres e atuar como consultor sênior da holding na disputa judicial contra a companhia indonésia Paper Excellence pela Eldorado Papel e Celulose.
O artigo 95, inciso V, da CF, veda ao juiz “exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)”.
Quem é quem na CPI do MST
A CPI do MST, criada para investigar atos criminosos e irregularidades cometidas por essa organização, já está definindo seus membros. Serão 27 deputados federais. O presidente será o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos). O relator será deputado federal Ricardo Salles (PL-SP). Além de Salles, o PL já indicou Caroline de Toni (SC); Delegado Éder Mauro (PA); Domingos Sávio (MG); Capitão Alden (BA); Marcos Pollon (MS); e Rodolfo Nogueira (MS).
Lula faz “Presidencialismo de comercialização?”
Em editorial neste domingo (14), o Estadão opina que a reciclagem do orçamento secreto para garantir apoio a projetos ruins em troca de gastos ruins expõe a hipocrisia de Lula e derruba os mitos do “grande articulador” e da “frente ampla”, já que ele concentrou o núcleo do poder no PT, acreditando que garantiria a governabilidade mercadejando cargos de segundo escalão na Esplanada dos Ministérios: “O presidente Lula da Silva liberou R$ 9 bilhões em emendas negociadas pelo antecessor, Jair Bolsonaro, a serem repassadas sem transparência e a conta-gotas, conforme o resultado das votações e a fidelidade dos parlamentares. Em outras palavras, trata-se da reciclagem do orçamento secreto. O esquema consistiu na hipertrofia das emendas do relator do Orçamento (RP9). Originalmente uma parcela marginal de recursos para ajustes contábeis, a RP9 cresceu para R$ 19 bilhões, distribuídos a aliados sem critérios técnicos nem transparência. É uma violência aos princípios da publicidade, da impessoalidade e da eficiência. Só quem vota com o governo é beneficiado e os municípios sem padrinho no Congresso são punidos. Além de distorcerem a competição eleitoral e a representação democrática, os recursos não só são mal distribuídos, como, repassados abaixo do radar, abrem margem à corrupção. Há muitos indícios de gastos superfaturados.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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