Quarta-feira, 12 de março de 2025
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2023
"O Brasil será implacável em seu combate aos crimes ambientais", afirmou o presidente
Foto: Ricardo Stuckert/PRO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou neste sábado ações de países mais poluidores durante sessão de trabalho do G7 que discutiu sustentabilidade, no Japão. Lula disse também que o Brasil quer liderar o processo preservação ambiental no mundo.
O petista deu a declaração durante a reunião “Esforços compartilhados em prol de um planeta sustentável”.
“Insistimos tanto que os países ricos cumpram a promessa de alocarem 100 bilhões de dólares ao ano à ação climática. Outros esforços serão bem-vindos, mas não substituem o que foi acordado na COP de Copenhague”, disse Lula.
O chefe de estado brasileiro também afirmou que é preciso que os países pensem juntos uma “transição ecológica e justa”, com industrialização e infraestrutura sustentáveis com geração de emprego e combate à desigualdade.
“De nada adianta os países e regiões ricos avançarem na implementação de planos sofisticados de transição se o resto do mundo ficar para trás ou, pior ainda, for prejudicado pelo processo”, declarou.
Na reunião, o presidente também afirmou que o Brasil deseja liderar um processo de reversão das mudanças climáticas e que vai ser atuante em defesa das principais florestas tropicais do mundo em conjunto com a Indonésia, a República Democrática do Congo e outros países da África e da Ásia.
“O Brasil será implacável em seu combate aos crimes ambientais. Queremos liderar o processo que permitirá salvar o planeta. Vamos cumprir nossos compromissos de zerar o desmatamento até 2030 e alcançar as metas voluntariamente assumidas no Acordo de Paris”, afirmou Lula.
Brasil no G7
O presidente brasileiro participa de eventos da cúpula dos países mais ricos do mundo neste fim de semana.
O G7, composto por Estados Unidos, a Alemanha, a França, o Canadá, a Itália, o Japão e o Reino Unido é o antigo G8, haja vista que a Rússia não faz mais parte do bloco, tendo sido expulsa após a tomada da Crimeia, em 2014.
Esta é a sétima participação de Lula no encontro. A última presença de um chefe de Estado do Brasil foi na edição de 2009.
O convite para o Brasil participar da cúpula do G7 partiu do Japão, país anfitrião, e é visto pela diplomacia brasileira como sinalização do prestígio internacional de Lula.
Em 2022, foram convidados pelas nações industrializadas a Argentina, Índia, África do Sul, Indonésia e Senegal.