Por Redação O Sul | 22 de maio de 2023
Laboratórios de desenvolvimento de imunizantes anunciam que trabalham em vacinas cujo escopo mira em doenças respiratórias amplamente presentes
Foto: Cristine Rochol/PMPAA pandemia do novo coronavírus acentuou a busca pelo desenvolvimento de vacinas eficazes em tempo recorde.
Laboratórios de desenvolvimento de imunizantes passaram a anunciar que trabalhariam em vacinas cujo escopo mira em doenças respiratórias amplamente presentes, como são os casos da covid e a gripe, esta, causada pelo vírus influenza.
Os primeiros resultados começaram a sair.
A primeira delas, a Novavax, deu resultados positivos no começo deste mês.
De acordo com análises de fase 2 (quando é considerado um número volumoso de voluntários e há foco segurança do fármaco, além de seu potencial funcionamento), o antígeno é capaz de reproduzir resposta imunológica nos pacientes.
Isso significa permitir que o organismo de quem recebeu a agulhada se proteja contra os dois vírus a princípio.
Também caminha adiante a vacina da Pfizer.
A fase 1 dos estudos foi anunciada em novembro do ano passado e a farmacêutica afirmou que planeja ter resultados iniciais em “alguns meses”.
A vacina levará em conta quatro cepas da influenza e mais a vacina bivalente adaptada contra a covid, com atualização às sublinhagens da variante Ômicron.
A farmacêutica Moderna, outra desenvolvedora de antígenos contra a covid, também têm uma candidata a imunizante que combina o combate à gripe e ao coronavírus.
“Nosso plano é ter uma única vacina, tomada anualmente, que proteja contra as variantes circulantes de Covid-19, além do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e das linhagens da gripe (para Influenza A e B)”, afirma Rolando Pajon, diretor médico da Moderna para a América Latina.
“Neste momento estamos na fase 1 testando combinações. Então, uma candidata para Covid-19 e gripe e também outra para Covid, gripe e VSR. Acreditamos que talvez tenhamos a vacina para o ano de 2025”, disse.
No Brasil, o Instituto Butantan chegou a aventar a possibilidade de que a Butanvac, dedicada à covid, tivesse desdobramentos que abrangessem as cepas da gripe. O estudo, contudo, ainda está em fases mais iniciais para sua primeira etapa: proteger contra o coronavírus.
Vacinas no Brasil
Enquanto a vacina capaz de proteger contra tantos vírus ainda não chega aos postos de saúde do país, não há restrição para que se tome a vacina da covid e da gripe em uma única visita às unidades de saúde.
Atualmente, estão disponíveis a todos os brasileiros com mais de seis meses de idade a vacina da gripe.
A autorização ocorreu por conta das baixas coberturas da imunização contra a doença, realizada no SUS para pacientes em que há indicativo de casos graves (caso das crianças pequenas, idosos e dos imunocomprometidos).
Maiores de idade também podem ser vacinados com a vacina bivalente contra a covid, cuja proteção foi atualizada para a cepa Ômicron, mais prevalente no país ao longo dos últimos meses.
