Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 24 de maio de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O pai do juiz Eduardo Appio, afastado da 13ª Vara de Curitiba, foi citado em delação da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato, pela qual era o responsável. O ex-deputado estadual Francisco Appio (RS), morto em 2022 após um AVC, era filiado ao Progressistas, um dos partidos mais enrolados na operação. Na lista de pessoas que recebiam propina da empreiteira, o político aparece identificado com o codinome “abelha”.
Está em todas
Em 2014, pleito estadual, aparece outro elo com empresa enrolada na Lava Jato. Três doações da JBS pararam na campanha de Appio.
Caixa reforçado
Appio levou quase R$ 15 mil em doação da JBS, R$ 10 mil de doações cruzadas, de outras campanhas, e R$ 4,7 mil do diretório estadual.
Histórico
O ex-procurador Deltan Dallagnol já questionou imparcialidade do juiz. Citou o pai investigado e doação de Eduardo Appio a campanha de Lula.
Intimidação
Appio foi afastado acusado de tentar intimidar o desembargador do TRF4 Marcelo Malucelli um dia depois de decisão contra o doleiro Tacla Duran.
Mais de 94% ignoram o que é ‘arcabouço fiscal’
Levantamento Paraná Pesquisas realizado em todo o País aponta que mais de 94% da população nunca sequer ouviu falar ou não sabe do que se trata o “projeto do arcabouço fiscal”. Segundo o instituto, 76,9% dos entrevistados “não conhece nem nunca ouviu falar” do projeto do governo Lula e outros 17,2% “conhece apenas de ouvir falar”. O Paraná Pesquisas ouviu 2.023 eleitores em todo o território nacional.
Cheque sem fundos
O projeto das novas regras fiscais cancela o Teto de Gastos Públicos, legado que está na Constituição desde 2017, governo Michel Temer.
Gastança a descoberto
O governo Lula quer aumentos sucessivos de gastos públicos mesmo se a economia do Brasil não crescer. Transforma o teto em piso de gastos.
Dados
O Paraná Pesquisas realizou o levantamento em 164 municípios das 27 unidades da federação, entre os dias 126 e 21 de maio.
Tapão na cara
Com direito a privilégios de casta, o juiz Marcos Scalercio, acusado por 22 mulheres de assédio e até estupro, terá aposentadoria de luxo como “punição”. O Conselho Nacional de Justiça garantiu a ele R$ 32 mil todo santo mês. Venda de sentenças também rendem essa “pena dura”.
Arcabouço fiscal 147
Fazendo pit-stop no Brasil, o presidente Lula ficou muito irritado quando soube que, apesar de inundar a Câmara com bilhões em emendas, o arcabouço fiscal só tem147 votos até agora. Tá feia a coisa.
CPI dos Abusos 146
A CPI do Abuso de Autoridades, para investigar decisões do STF e do STF marcadas, segundo seus autores, por intimidações, perseguições e ilegalidades, já tem apoio de 146 dos 171 deputados necessários.
Aposta na confusão
É clara a estratégia da minoria governista na CPI do MST: atrapalhar ao máximo. O governo destacou seus aliados mais agressivos e barulhentos para insultar a maioria de oposição, não permitir que falem, para que o bate-boca se sobreponha às denúncias contra os criminosos do campo.
Nova debandada
“Estudantes” promovem em junho debate sobre o Brasil com a presença de Luis Roberto Barroso, do STF e figuras desconhecidas de esquerda. Será em Oxford, para insinuar vínculo com a famosa universidade.
Lorota na pauta
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou que a reforma tributária e o marco fiscal terão passado pelo crivo da Câmara e até do Senado ainda este semestre. Lorota. Isso dá cerca de 40 dias de prazo.
Sentimento nacional
Cinco deputados federais do Mato Grosso votaram contra a urgência do marco fiscal do governo Lula, na Câmara, mesmo número entre os pernambucanos. Dez dos 16 parlamentares catarinenses foram contra.
Contas
Para aprovar a regra fiscal, o governo precisa conquistar 257 votos. Mas o presidente da Câmara, Arthur Lira, quer demonstrar força e mira em atingir, pelo menos, a marca de 308 votos favoráveis.
Pensando bem…
…desde os anos 1990 que a crise não retornava de viagem ao Japão.
PODER SEM PUDOR
Barbeiro cruel
Seis meses depois de assumir o cargo de ministro do Planejamento do governo FHC, Antônio Kandir percebeu que ganhara muitos cabelos brancos. Impressionado, foi ao barbeiro. Imaginou que após o corte os fios brancos diminuiriam. Ledo engano. No dia seguinte, o então secretário-executivo, seu amigo Martus Tavares, foi logo perguntando: “Como é que seu barbeiro faz para cortar só os fios pretos?…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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