Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de maio de 2023
A ex-deputada federal Joice Hasselmann (sem partido) foi acusada por uma ex-assessora de praticar rachadinha e assédio moral. Juliana Christine Pereira Bejes disse que a ex-parlamentar usava o seu salário e benefícios para pagar despesas pessoais e de familiares. Joice nega as acusações e diz que a ex-funcionária e seu marido forjaram provas falsas contra ela.
A denúncia foi publicada pelo site UOL, quando Juliana teria apresentado notas fiscais, documentos bancários e mensagens de WhatsApp que comprovavam as acusações. A ex-assessora, que trabalhou com a ex-deputada durante um ano e oito meses, conta que recebia R$ 13,5 mil por mês e era obrigada a devolver o dinheiro por meio do pagamento de despesas de Joice e de seu ex-marido e filha.
Juliana afirma que ficou somente com dois salários durante todo o período. Todos os demais, segundo ela, foram repassados à parlamentar, incluindo o auxílio-creche. A ex-assessora ainda afirma ter sido vítima de assédio moral da jornalista. Conta que era chamada de “burra” e “incompetente”.
A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP), que confirmou o recebimento da representação. Num dos supostos prints de conversas divulgados pela ex-assessora, Joice pergunta se Juliana “depositou o $”, e a ex-assessora responde que ainda não. Joice insiste na pergunta novamente e pede para que a funcionária mande o comprovante da transferência. Chega a dizer que “não gosta de coisa feita pela metade”
“Ações espúrias”
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Joice nega as acusações e diz que os ex-assessores, Juliana e seu marido, tentaram lhe “achacar” e “forjaram provas falsas”, a acusando de “ações espúrias”.
A jornalista conta que tudo começou após ela perder uma ação judicial para a revista onde trabalhava e começar a ter parte de seu salário bloqueado. Segundo Joice, o marido da ex-assessora, que também trabalhava em seu gabinete, sugeriu que ela retirasse o dinheiro da conta, para que ele não fosse confiscado. Ele, então, administraria o dinheiro, fazendo o pagamento das despesas da deputada.
“Foi o que ele me ofereceu e eu aceitei. Junto disso, entreguei um cartão de crédito ilimitado para que ele pagasse todas as contas do gabinete para que eu pudesse pedir o ressarcimento”, afirmou a ex-parlamentar, acrescentando que, após as eleições do ano passado, o casal teria pedido R$ 300 mil para não denunciar o caso. “Eu respondi que não negociava com bandido”, contou ela.