Sábado, 19 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 23 de novembro de 2015
A poucos dias da Black Friday, que ocorre na sexta-feira, consumidores contam as horas para aproveitar os megadescontos que prometem chegar a 70% em shoppings e 80% nas lojas virtuais. Para o comércio eletrônico, a famosa “sexta-feira negra” será a melhor data para as vendas, com estimativa de faturamento de 1,6 bilhão de reais, 40% a mais do que em 2014.
Mas quem pensa que essa é a oportunidade para “arrematar” aquele tão sonhado produto deve ficar atento para não cair em armadilhas. O Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) orienta como evitar golpes de sites fraudulentos na internet. Aplicativos que monitoram preços também ajudam a descobrir se o desconto é para valer.
A coordenadora de Atendimento do Procon, Soraia Panella, diz que a primeira ação é verificar se o site que o consumidor acessa é confiável. “É preciso saber que página está acessando, que tipo de negociação está fazendo. Há sites fraudulentos que fazem ofertas atraentes e o consumidor acessa sem saber a política de pagamento”, diz ela, que fez outro alerta. “O site tem que ter a chave de segurança, apresentar CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), telefone do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e outras informações. Também é importante observar os valores. Não se pode acreditar em ofertas milagrosas, com quedas bruscas de preços”, afirma.
Um aliado dos consumidores que forem comprar em lojas virtuais é o selo “Black Friday Legal 2015”. Criado pela camara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico), em 2013, o carimbo dá credibilidade ao evento e indica bons sites para comprar. Até o momento, mais de 700 empresas se inscreveram no programa e se comprometeram a oferecer descontos reais e entregar os produtos dentro do prazo prometido.
Mas não adianta só fugir de golpes. Consumidores ávidos pelas promoções lançam mão de sites e aplicativos de monitoramento e comparadores de preços para encontrar a melhor oferta, dando a atualização dos valores dos produtos em tempo real.
Um exemplo é o site Busca Descontos, do grupo que organiza a Black Friday no Brasil. A plataforma ajuda a comparar preços por categorias de produtos e marcas. Já o aplicativo Baixou Agora monitora o preço e mostra a sua evolução em um gráfico.
“Estou de olho nos preços há semanas. E no dia do evento vou usar esses sites para ter certeza se o desconto oferecido é o melhor”, conta a administradora Fernanda Ramos, 31.
Outros comparadores de preços são o Buscapé, a plataforma EconoVia – especializada em busca de eletrônicos – e os sites Zoom e CupoNation. O Reclame Aqui também pode “guiar” consumidores fornecendo informações sobre lojas que fazem propaganda enganosa, entre outras queixas.
Saiba como se defender.
Soraia também orientou os clientes a imprimir as páginas das telas durante o processo de compra. “Ele tem que ter todas as provas caso ocorra alguma coisa”, alerta.
Ela lembra que, no momento da compra, o site deve mostrar os direitos que o consumidor tem. “Na compra on-line, o cliente tem sete dias de direito de arrependimento [devolução do produto e entrega do dinheiro]”. (AD)