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Geral Por motivação política, bolsonarista mata primo lulista a tiros em bar na Paraíba

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Edvan de Sousa Abreu foi morto a tiros no último sábado; o suspeito é Otacílio de Sousa Abreu. (Foto: Reprodução)

O agricultor e apoiador do presidente Lula (PT) Edvan de Sousa Abreu foi morto a tiros na madrugada do último sábado após uma discussão política que teve com o seu primo bolsonarista, o acusado Otalício de Sousa Abreu, conhecido como Leandro. O caso ocorreu em um sítio, onde os dois moravam na zona rural de São João do Rio do Peixe, município de 18 mil habitantes localizado no interior da Paraíba. As informações são do delegado titular do caso Francisco Filho, da Polícia Civil.

As divergências políticas entre os dois começaram no ano passado, durante o período eleitoral. Na ocasião, os primos chegaram a apostar em qual candidato ganharia o pleito e, por este motivo, após a derrota de Jair Bolsonaro, Leandro pagou R$ 1 mil à vítima.

Na madrugada de sábado, no entanto, os dois discutiam em um bar próximo ao sítio em que moravam e trabalhavam, foi quando o crime ocorreu:

“Após uma breve discussão sobre a política, Leandro foi na sua residência e voltou armado, disparando vários disparos de arma de fogo no Edvan”, detalha o delegado Francisco Filho.

Em seguida, o acusado fugiu da cena do crime e segue foragido. Já Edvan de Sousa Abreu não resistiu os ferimentos e morreu no local.

O titular da delegacia da cidade informa que o caso é tratado como homicídio por motivação política, não tendo nenhuma outra linha de investigação.

Outros casos

Em outros estados do país, crimes com motivação política ocorreram desde as eleições. Em Belo Horizonte, no dia em que Lula venceu a eleição, duas pessoas foram mortas. Atualmente, Ruan Nilton da Luz responde por duplo homicídio.

Após o término do segundo turno, o suspeito atirou em cinco pessoas no bairro de Nova Cintra, na capital mineira. O advogado Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, e a menina Luana Rafaela Oliveira Barcelos, de 12, foram vítimas fatais.

“Durante as apurações do segundo turno das eleições presidenciais, o denunciado, insatisfeito com o resultado que se apresentava até aquele momento, resolveu munir-se de armas de fogo e sair à caça daqueles que considerava apoiadores do candidato vitorioso”, diz trecho da ação penal oferecida pelo Ministério Público.

O órgão alegou que os crimes foram cometidos por motivo “torpe”: “Ruan Nilton matou e tentou matar porque não concordava com a posição política daqueles que, a seu juízo, seriam apoiadores do candidato vencedor das eleições. Abjeta e repugnante intolerância pela escolha política alheia, fato inaceitável no Estado Democrático de Direito”. A defesa alega “surto psicótico”. As informações são do jornal O Globo.

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