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Geral Programa do governo para baixar preço de carro popular já mexe com mercado de veículos usados

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Patamar foi alcançado na última terça (11). Este foi o menor período para atingir essa marca desde 2019. (Foto: Reprodução)

O anúncio do programa do carro popular, que prevê redução de preços entre 1,5% e 10,96% em modelos de até R$ 120 mil, ainda depende do crivo do Ministério da Fazenda, mas já mexeu no mercado de usados. Na última sexta-feira, os preços dos seminovos – carros com até três anos de uso – começaram a cair, segundo Sant Clair de Castro Jr., presidente da Mobiauto, o terceiro maior marketplace do setor automotivo do País.

Não é possível ainda falar em percentuais de quedas de preços, diz o executivo. “Só teremos uma ideia melhor do que aconteceu nesse mercado no início da semana, mas já deu para sentir uma diferença na curva dos preços”, diz Castro.

Segundo o executivo, como o revendedor que tinha seminovos em estoque já levou prejuízo porque esse tipo de veículo vai desvalorizar como consequência da futura redução do preço do novo, muitos se anteciparam e baixaram os preços já neste fim de semana para não ficar com veículos mais caros em estoque. A Mobiauto tem hoje 250 mil veículos anunciados.

O mercado deve continuar agitado e o consumidor, confuso ao longo dos 15 dias que o Ministério da Fazenda tem como prazo para analisar o programa. “Anunciaram o programa, mas não executaram. Esse período entre o anúncio e a execução gera expectativa e se reflete também nos preços dos usados”, afirma o executivo.

Castro é, no entanto, favorável ao programa. “Vender carro novo a preços abaixo de R$ 60 mil muda muita coisa. Para muitos, faz grande diferença ter a parcela do financiamento reduzida de R$ 2 mil para R$ 1,5 ou R$ 1,6 mil”, destaca.

No mercado de novos, o anúncio governamental paralisou as vendas de modelos abaixo de R$ 120 mil, os que serão beneficiados pelo programa. E, ainda, atrapalhou os concessionários num fim de semana considerado nobre para esse tipo de negócio. O último fim de semana do mês é o período em que tradicionalmente mais se vendem carros novos no país. Segundo uma fonte da indústria, 35% das vendas se concentram na última semana, sendo que no sábado e domingo o movimento é mais intenso.

É quando o consumidor que passou a semana namorando determinado modelo pela internet tem tempo de ir até uma loja e ver o automóvel de perto. Por isso, as equipes de vendas já são treinadas para tentar “fisgar” o cliente nesse momento.

É também nos últimos dias do mês que aparecem as promoções. O esforço nesses dias é maior porque trata-se da última oportunidade de acrescentar pontos na participação mensal de cada marca, um dado que ainda é usado como ferramenta de marketing pelas montadoras.

Sindicato e caminhões

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não conseguiu inserir no programa do carro popular compromisso das montadoras de manter o nível de emprego, como queriam os sindicalistas.

“Todo anúncio de incentivo é bem-vindo, mas os trabalhadores precisam estar incluídos na proposta, com proteção ao emprego e conteúdo local”, destacou o presidente do sindicato, Moisés Selerges, na edição de sexta da Tribuna Metalúrgica, informativo distribuído à base da categoria no ABC.

Presente na reunião em que o governo anunciou as medidas, em Brasília, Selerges e outros dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, berço da trajetória sindical de Lula, também defenderam medidas para reaquecer o mercado de caminhões e ônibus.

As vendas de veículos comerciais estão em queda em razão da alta de preços. Os reajustes foram resultado da mudança na legislação de emissões (conhecida por Euro 6), que exigiu, desde janeiro, a instalação de equipamentos mais sofisticados nos veículos.

Os caminhões foram tema da entrevista que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu à Globonews na tarde da última sexta-feira. “Trabalhamos com caminhões em padrão Euro 6. O Brasil está adotando o que há de mais avançado do ponto de vista ambiental, mas isso encarece em quase R$ 100 mil cada caminhão. Você não tem crédito, 70% dos caminhões estão sendo vendidos à vista”, destacou Haddad, ao prever que a queda nas taxas de juros vai reverter essa tendência.

Venda direta

Na sexta-feira à noite, a Fenabrave, entidade que representa os concessionários, emitiu uma nota para defender que a comercialização dos carros beneficiados pelo novo programa seja feita “exclusivamente pelas concessionárias a fim de garantir que o benefício fiscal chegue, efetivamente, ao consumidor final”.

No anúncio do programa, o governo chegou a cogitar a venda direta, pelas montadoras. Na nota, a Fenabrave não entra na questão legal. Mas a venda de carros à Pessoa Física por meio de revendedor autorizado é prevista por lei – 6.729/79. As informações são do jornal Valor Econômico.

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