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Geral Polícia Federal faz buscas em 17 Estados e no Distrito Federal contra suspeitos de emprestar contas para golpes bancários

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Policiais federais e civis foram mobilizados para o cumprimento de 51 mandados de busca e apreensão. (Foto: PF/Divulgação)

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta terça-feira (30) a Operação Não Seja um Laranja 2, com apoio da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e seus bancos filiados, para desarticular esquemas criminosos voltados à prática de fraudes em contas eletrônicas mantidas em diversas instituições financeiras do País. A operação contou ainda com o apoio da Interpol (a polícia internacional) por meio do Centro de Crimes Financeiros e Anticorrupção (IFCACC-Interpol).

Policiais federais e civis foram mobilizados para o cumprimento de 51 mandados de busca e apreensão, em 17 Estados e no Distrito Federal, no contexto de investigações de pessoas que cederam contas pessoais para receber recursos oriundos de golpes e fraudes contra clientes bancários.

Embora não houvesse mandados de prisão na operação, três pessoas foram presas em flagrante no Pará por crimes identificados no momento da abordagem – incluindo um por uso de documento falso e outro por porte ilegal de arma de fogo.

A investida faz parte do Projeto Tentáculos, que tem como um dos principais pilares um Acordo de Cooperação Técnica entre a Polícia Federal e a Febraban, vigente desde outubro de 2017, que se consolidou como referência interna e internacional de cooperação Público/Privada no combate às fraudes bancárias eletrônicas.

Nos últimos anos, a Polícia Federal detectou um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais “emprestam” suas contas bancárias, mediante pagamento. Este “lucro fácil”, com a cessão das contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos. Tais pessoas são conhecidas popularmente como “laranjas”.

A Polícia Federal alerta que “emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta delitiva, que tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros a milhares de brasileiros”.

As penas podem chegar a oito anos de prisão, mais multas, e ainda serem agravadas se os crimes forem praticados com o uso de servidor mantido fora do Brasil, ou ainda se a vítima for uma pessoa idosa ou vulnerável.

Ainda segundo a PF, essa é mais uma operação de caráter nacional que visa coibir essa criminalidade, a exemplo da ação realizada em agosto de 2022, que teve 43 mandados de busca executados em 13 Estados e no Distrito Federal.

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